Escândalo nas Faculdades de Medicina: Estudantes Ridicularizam Paciente Transplantada!

Duas estudantes de medicina se tornaram alvo de denúncias por injúria após a divulgação de um vídeo em que zombavam de Vitória Chaves da Silva, uma jovem de 26 anos que havia passado por três transplantes de coração e um de rim. O vídeo, que foi gravado poucos dias antes da morte de Vitória, gerou grande revolta nas redes sociais.

Na gravação, uma das estudantes comentou: “Essa menina tá achando que tem sete vidas?”, referindo-se de maneira desrespeitosa às questões da paciente. O material foi compartilhado nas redes sociais, mas logo retirado após a repercussão negativa. Vitória estava internada no Instituto do Coração (Incor), do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (FMUSP). Infelizmente, ela faleceu devido a um choque séptico e insuficiência renal crônica.

As alunas envolvidas no caso foram identificadas como Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano. Gabrielli estuda medicina na Anhembi Morumbi, em São Paulo, enquanto Thaís é aluna da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana, em Minas Gerais. As instituições de ensino lamentaram o ocorrido em uma nota oficial, expressando solidariedade à família da jovem e ressaltando que atitudes como as das alunas não refletem os valores da formação médica que promovem. O comunicado destacou que medidas urgentes estão sendo tomadas para investigar o caso, em conformidade com as regras internas das instituições.

O episódio se tornou alvo de discussão após a família de Vitória tomar ciência do vídeo no início de abril. Durante a gravação, as estudantes comentaram sobre os desafios que Vitória enfrentou em sua jornada de saúde, incluindo a necessidade de transplantes. A jovem havia sido diagnosticada com uma grave cardiopatia congênita conhecida como Anomalia de Ebstein, que afeta a válvula do coração. O primeiro transplante de Vitória ocorreu quando ela tinha apenas 5 anos, e os seguintes foram realizados em 2016 e 2024, devido a complicações relacionadas à sua condição.

O caso está sendo tratado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo como injúria e um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos. O Ministério Público também se manifestou, informando que está analisando a situação e que uma notificação formal foi protocolada a respeito.

Esses eventos levantam questões importantes sobre a ética no tratamento de pacientes e o respeito à dignidade humana, especialmente em ambiente acadêmico, onde a formação médica deve ser acompanhada por uma sólida educação ética. As instituições envolvidas reafirmaram seu compromisso com a promoção de práticas respeitosas e humanizadas no cuidado com os pacientes, em alinhamento com os valores que regem a formação de profissionais da saúde.

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