Dólar Dispara e Rompe a Marca de R$ 5,90: O Que Está por Trás da Tensão EUA-China?

Na quinta-feira, o dólar à vista apresentou alta em relação ao real, refletindo a repercussão dos últimos eventos ligados às tarifas de importação nos Estados Unidos. Os investidores continuam avaliando a decisão do presidente dos EUA, que optou por suspender temporariamente algumas taxas, enquanto as tensões comerciais com a China se intensificam.

Recentemente, os dados do índice de preços ao consumidor nos EUA mostraram uma ligeira queda de 0,1% em março, após um aumento de 0,2% em fevereiro. Essa movimentação fez com que a inflação anualizada ficasse em 2,4%. As expectativas do mercado eram de que o índice aumentasse, mas o resultado foi influenciado por custos de energia mais baixos e um esgotamento dos efeitos de aumentos anteriores.

Adicionalmente, a Casa Branca esclareceu que as tarifas sobre a China agora alcançam 145%. Esse percentual combina os 125% mencionados pelo presidente, em resposta às tarifas de 84% impostas por Pequim, que se somam aos 20% que já estavam vigentes anteriormente.

Às 12h20, o dólar à vista mostrava-se em alta de 1,43%, cotado a R$ 5,928 para compra e R$ 5,929 para venda. Na B3, o contrato futuro do dólar para maio subia 1,86%, alcançando 5.951 pontos. Na sessão anterior, a moeda americana havia encerrado com uma queda de 2,53%, cotada a R$ 5,8467, após registrar uma série de ganhos.

O Banco Central anunciou um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional, para rolar vencimentos. Em termos de cotações, o dólar comercial está com valores de compra a R$ 5,904 e de venda a R$ 5,905, enquanto o dólar turismo apresenta cotação de compra a R$ 5,945 e venda a R$ 6,125.

As flutuações no valor do dólar se intensificaram após a China retaliar medidas tarifárias dos EUA, levando a moeda a ultrapassar a marca de R$ 6. Entretanto, com o anúncio de uma pausa nas tarifas por parte de Trump, o dólar caiu para R$ 5,85, mas nesta quinta-feira voltou a mostrar um cenário de alta.

O mercado ainda analisa atentamente as consequências do endurecimento das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo, os EUA e a China. A pausa nas tarifas foi uma tentativa de aliviar a tensão e permitir negociações, mantendo uma taxa universal de 10% sobre a maior parte das importações.

Vale destacar que essa relação comercial afeta diretamente o Brasil, uma vez que os EUA e a China são os principais parceiros comerciais do país. Diante do panorama atual, os investidores permanecem cautelosos, avaliando o potencial impacto econômico das decisões de ambas as nações.

Em resumo, o comportamento do dólar frente ao real reflete um complexo cenário comercial e inflacionário, onde as decisões políticas e econômicas dos EUA e da China desempenham um papel crucial na formação das expectativas de mercado.

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