
Arquitetos em Conflito: A Verdade Sombria sobre a Relação com o Governo!
O Brasil tem uma longa história de participação em feiras universais, destacando-se em eventos importantes como a Exposição Mundial de Nova Iorque, em 1939, e a de Osaka, em 1970. A participação nas exposições de 1939 marcou a entrada de arquitetos de renome, como Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, no cenário internacional. Já a bienal de Osaka em 1970 foi resultado de um concurso realizado durante o período da ditadura militar, com resultados revelados em um momento muito delicado da história do Brasil.
Mais recentemente, a competição para a Exposição Universal de Osaka 2025 impôs condições que limitaram a participação de escritórios arquitetônicos emergentes no Brasil. Um dos requisitos era a parceria com um escritório japonês, o que criou barreiras para involucrarem-se projetos de arquitetos mais jovens ou que não dominam o inglês. A competição acabou se restringindo a grandes escritórios, e o segundo lugar foi conquistado por Thiago Bernardes, que dirige uma grande firma de arquitetura.
Nos bastidores da Apex, a agência de promoção do Brasil, críticas surgiram sobre o custo do projeto vencedor, de Kogan e Dantas. A Agência, ligada ao governo, pareceu considerar o pavilhão oto uma despesa excessiva. Essa percepção gerou comparação com a escolha de outras cidades para sediar grandes eventos, onde se investiu recursos significativos, mas cuja relevância foi questionada.
Enquanto a situação do pavilhão se desdobrava, questionou-se por que grandes estatais do Brasil, como os Correios ou a Itaipu Binacional, não puderam oferecer suporte financeiro ao projeto em Osaka. Esses órgãos têm patrocinado eventos e iniciativas, mas não se mobilizaram para auxiliar um pavilhão que poderia representar o Brasil em um importante evento internacional.
Adicionalmente, observou-se que a falta de fluência em inglês de certos líderes na Apex poderia ter comprometido a comunicação e a divulgação do pavilhão brasileiro nas mídias internacionais. Publicações de vários países citaram pavilhões que estavam sendo projetados para a feira, mas o Brasil não apareceu nas listas, evidenciando uma possível falta de visibilidade para o país.
Recentemente, surgiram discussões sobre a importância de posicionar o Brasil em eventos internacionais, especialmente na Ásia, onde a demanda por inovação e intercâmbio cultural é alta. O desafio é criar plataformas que não apenas representem o Brasil, mas que também sejam acessíveis e atrativas para uma diversidade de arquitetos e projetistas.
Com isso, o Brasil enfrenta a necessidade de investir em uma estratégia que não só promova a cultura e a arquitetura nacionais, mas que também incentive a inclusão de novos talentos com propostas criativas e viáveis para competir em igualdade no cenário global. Isso poderia significar um legado mais sólido e positivo para a arquitetura brasileira no futuro.
A participação em eventos como a Exposição Universal de Osaka é uma oportunidade valiosa de mostrar a diversidade cultural e arquitetônica do Brasil, além de estimular o intercâmbio de ideias com outros países. É fundamental que esforços sejam feitos para que o Brasil não apenas esteja presente, mas também brilhe em meio aos outros países, reafirmando seu papel ativo e relevante na cena internacional.