
Trump Pode Demitir Presidente do Fed: Decisão Surpreendente à Vista!
O diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, anunciou recentemente que o presidente Donald Trump e sua equipe estão considerando a possibilidade de demitir Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Hassett comentou que essa decisão ainda está sendo analisada, em resposta a questionamentos sobre a possibilidade de uma demissão.
A taxa de juros de referência do Fed, que se encontra entre 4,25% e 4,50% desde dezembro, vem sendo alvo de críticas por parte de Trump e de seus assessores, que têm solicitado uma redução nas taxas para facilitar o acesso ao crédito. A preocupação do Fed com a inflação, especialmente em relação aos impactos que tarifas impostas pelo governo podem ter sobre os preços, está motivando a hesitação em realizar novos cortes nas taxas.
Recentemente, a Casa Branca intensificou a pressão sobre Powell, com Trump acusando o presidente do Fed de “fazer política” ao não reduzir as taxas de juros e afirmando ter autoridade para demiti-lo rapidamente. Em suas redes sociais, Trump expressou sua irritação com Powell, sugerindo que a demissão do presidente do Fed já deveria ter acontecido e criticando sua atuação em comparação com outros bancos centrais, como o Banco Central Europeu.
Essas declarações vieram logo após Powell afirmar em um evento que é responsabilidade do Fed assegurar que aumentos temporários de preços não desencadeiem problemas inflacionários permanentes. Ele também destacou a importância da independência do banco central, um princípio que é amplamente respeitado e apoiado em Washington.
Entretanto, a legalidade da demissão de Powell é um assunto complexo. De acordo com a legislação atual, o presidente só pode demitir diretores do Fed “por justa causa”, o que implica a necessidade de demonstrar que houve alguma irregularidade na conduta do diretor. Um entendimento anterior da Suprema Corte limita o poder do presidente em demitir diretores de agências reguladoras, como o Fed. No entanto, um caso pendente pode trazer novas interpretações que poderiam alterar essa situação.
A estrutura do Federal Reserve é composta por uma diretoria de sete membros servindo mandatos de 14 anos, todos indicados pelo presidente dos Estados Unidos. Powell foi indicado para um segundo mandato por Joe Biden em 2022, e seu atual mandato vai até maio de 2024. Durante seu primeiro mandato, ele foi escolhido por Trump.
Além das questões legais, há preocupações na equipe de Trump sobre as potenciais consequências que uma demissão de Powell poderia ter para os mercados financeiros, que já estão enfrentando incertezas devido às tarifas comerciais implementadas pelo presidente. O secretário do Tesouro expressou preocupações sobre como a demissão poderia desestabilizar ainda mais o mercado, o que levou Trump e seus assessores a considerarem essa pressão mais como uma estratégia para responsabilizar Powell por possíveis problemas econômicos no futuro do que uma tentativa séria de efetivar sua demissão.
Esse não é o primeiro conflito entre Trump e Powell. Durante seu primeiro mandato, Trump ficou frustrado com as decisões de aumento das taxas de juros por parte do Fed, demonstrando uma relação conturbada ao longo do tempo.
Em resumo, a situação atual entre a Casa Branca e o Federal Reserve revela um ambiente tenso, onde questões de política monetária e a independência do banco central estão em pauta. As implicações de possíveis mudanças na liderança do Fed podem afetar não apenas a política econômica dos EUA, mas também a estabilidade dos mercados financeiros globalmente.