Corinthians enfrenta polêmica: Clube desafia dívida milionária com agente!

O Corinthians está enfrentando um desafio judicial relacionado a uma dívida de R$ 6 milhões, que foi incluída em um montante total de R$ 78,2 milhões reconhecido no Regime Centralizado de Execuções (RCE). Desse total, R$ 42,2 milhões referem-se à aquisição dos direitos econômicos do jogador Ramiro. O aumento da dívida se deve, em grande parte, ao não cumprimento de prazos de pagamento.

Em fevereiro, o clube protocolou um embargo na Justiça para contestar a execução da dívida, alegando que não reconhece a nova parcela de R$ 6 milhões por falta de documentação detalhada que justifique a cobrança. O Corinthians também questionou a aplicação de juros compostos sobre a dívida, considerando essa prática inconstitucional no Brasil. O clube apresentou cláusulas do contrato com o empresário Giuliano Bertolucci, datadas da gestão anterior, para reforçar sua posição.

Por outro lado, a defesa de Bertolucci argumentou que os valores foram verbalmente acordados e que o Corinthians não havia contestado a inclusão anterior desse montante no RCE. Documentos judiciais mostraram troca de mensagens entre representantes do clube e de Bertolucci, onde valores e condições foram discutidos, e os valores apresentados foram aprovados pelo então diretor financeiro, Pedro Silveira.

Embora o clube reconheça a participação de Silveira na negociação, a empresa que prestou serviços ao Corinthians, Alvarez & Marsal, esclareceu que seu papel é apenas de apoio operacional e que não tem autonomia para realizar acordos em nome do clube.

O ex-presidente Duilio Monteiro Alves, mencionado na defesa, negou a inclusão de juros compostos no contrato com Bertolucci. Segundo ele, o acordo previa apenas juros simples de 1% ao mês, além de multa de 2% e correção pelo IPCA. Duilio expressou preocupação com a forma como as negociações têm sido tratadas pela atual gestão, aseverando que acordos relevantes no RCE foram realizados de maneira informal.

Esse episódio gerou incertezas dentro do clube sobre outros acordos formalizados no RCE, uma vez que Silveira foi responsável por negociar cerca de R$ 379,2 milhões em dívidas. Há um movimento para que o Conselho Deliberativo investigue possíveis irregularidades em outras tratativas que possam ter acarretado custos adicionais ao Corinthians.

Recentemente, Pedro Silveira pediu demissão, planejando sua saída após a votação das demonstrações financeiras do ano seguinte, mas antecipou sua saída devido a divergências com a atual presidência.

O Corinthians reafirmou seu compromisso em honrar todos os compromissos assumidos e declarou que está utilizando todos os recursos legais à sua disposição para proteger seus interesses. A atual gestão destaca a importância da transparência e da responsabilidade na administração do clube.

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