"Tensão na Câmara: Deputados em Conflito e Polícia Legislativa Intervém! Assista ao Vídeo!"
Na última terça-feira, a Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados viveu um momento conturbado durante uma audiência com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A situação escalou quando os deputados Lindbergh Farias e Gilvan da Federal, representando a base e a oposição do governo, respectivamente, se envolveram em uma discussão acalorada que exigiu a intervenção da Polícia Legislativa.
O clima tenso começou quando Gilvan utilizou seu tempo para criticar o governo por conceder asilo à ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, que foi condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em um esquema de caixa 2 envolvendo a empreiteira Odebrecht. Gilvan comentou que a administração atual estava “importando corruptos” e insinuou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva era “descondenado”.
Em resposta, Lindbergh Farias, como líder do PT, pediu a palavra e atacou Gilvan, chamando-o de “desqualificado” e mencionando que o deputado havia, em uma ocasião anterior, desejado a morte de Lula. Esse confronto verbal entre os dois aumentou a tensão no ambiente, levando ambos a se levantarem e trocarem ofensas.
Diante desse cenário, o presidente da comissão, Paulo Bilynskyj, teve que acionar a Polícia Legislativa para evitar que a situação se agravasse ainda mais.
Durante a audiência, o ministro Lewandowski respondeu a diversas perguntas dos parlamentares, abordando a recente proposta de emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública que o governo havia enviado ao Congresso. Um dos pontos em discussão foi a declaração do ministro sobre a “polícia prender mal”, o que poderia levar à soltura de muitas pessoas. Lewandowski esclareceu que suas palavras foram “tiradas de contexto”, enfatizando seu apoio às corporações policiais em todo o país.
Ele ressaltou que a afirmação foi feita dentro de um contexto específico, relacionado à custódia e ao sistema único de segurança pública que o governo busca estabelecer. O ministro também destacou sua boa relação com as forças de segurança e expressou preocupação com o orçamento destinado à segurança pública, mencionando cortes significativos nos fundos de segurança nacional e penitenciário.
Lewandowski afirmou que as forças de segurança estão enfrentando uma “verdadeira penúria orçamentária”, o que dificulta o trabalho dos profissionais que dedicam suas vidas à proteção da sociedade. Ele sublinhou a importância de apoiar aqueles que trabalham para garantir a segurança dos cidadãos.
Assim, enquanto a audiência na Câmara se desenrolava, os debates acalorados entre os parlamentares refletiram as tensões políticas atuais e as complexidades do cenário de segurança no Brasil.
