Desemprego em Marcha: Taxa Histórica de 7% e Renda em Nível Recorde!

A taxa de desemprego no Brasil alcançou 7% no trimestre que terminou em março, um aumento em relação aos 6,8% registrados nos três meses anteriores. No último trimestre de 2024, a taxa estava ainda mais baixa, em 6,2%. Contudo, essa nova marca de 7% é a menor para o mês de março desde que os dados começaram a ser coletados, em 2012. Além disso, a renda média dos trabalhadores brasileiros atingiu um novo recorde.

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgados recentemente, o rendimento médio subiu para R$ 3.410. Isso representa um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 4% em comparação ao ano anterior. Essa melhora nos salários ocorre mesmo com a inflação superando as metas estabelecidas pelo governo, que foi de 5,48% nos últimos 12 meses.

Embora especialistas prevejam uma desaceleração no mercado de trabalho em 2025 devido ao aumento da taxa de juros pelo Banco Central para controlar a inflação, os resultados atuais mostram uma resiliência considerável. Após um fechamento recorde de desocupação em 2024, o desemprego cresceu nos trimestres anteriores, mas ainda assim, os dados gerais indicam uma recuperação.

A coordenadora de pesquisas domiciliares destaca que a queda na ocupação observada deveu-se a fatores sazonais, como o término de contratos temporários no início do ano e um aumento na busca por trabalho após as férias de verão. Apesar disso, o aumento da renda média e do número de trabalhadores registrados com carteira assinada não foi comprometido.

Embora a inflação e a economia enfrentem desafios, o mercado de trabalho tem mostrado estabilidade. O número de trabalhadores com carteira assinada se manteve em 39,4 milhões, refletindo um crescimento nas contratações formais. Por outro lado, o total de empregados sem carteira caiu 5,3%, indicando uma redução de 751 mil pessoas nesse segmento.

O aumento da taxa de desemprego também está relacionado ao crescimento de 13,1% no número de pessoas à procura de trabalho, que somou 891 mil novos candidatos. Enquanto isso, houve uma diminuição de 1,3% na população ocupada, o que representa uma redução de 1,3 milhão de pessoas em comparação ao trimestre anterior.

Esses dados ressaltam a complexidade do mercado de trabalho brasileiro, que, apesar das flutuações, mostra sinais de recuperação e adaptação.

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