Gleisi em Foco: Gilvan da Federal Lança Ataque Coordenado nas Redes Sociais!
Um dia após a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados recomendar a suspensão de seis meses do mandato do deputado Gilvan da Federal, uma série de mensagens no WhatsApp começou a circular, propagando desinformação direcionada à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Esse movimento foi registrado por uma ferramenta de monitoramento que analisa mais de 100 mil grupos públicos na plataforma.
As mensagens compartilhadas seguiram um padrão típico de campanhas digitais organizadas que já foram observadas em outros ataques a figuras públicas. Essa estratégia digital foi iniciada após um episódio em que Gilvan usou termos ofensivos para se referir a Gleisi durante uma sessão, mencionando um codinome associado a investigações passadas. Gleisi, que foi inocentada por um tribunal superior em um caso relacionado a esse codinome, se viu envolvida em novas alegações infundadas.
As primeiras mensagens nos grupos buscavam associar a ministra a problemas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), apesar de não haver ligação factual entre os dois. Links antigos, principalmente de 2016, foram reutilizados para insinuar um envolvimento da ministra em escândalos de corrupção. As publicações eram direcionadas a criar uma narrativa que ligasse Gleisi a desvios, incluindo afirmações que a acusavam de querer a permanência de um ex-ministro da Previdência com base em motivações fraudulentas. Essas alegaçõescarecem de fundamento, já que a função da ministra envolve a articulação política, não a administração do INSS.
Em um movimento paralelo, um vídeo de 2017, no qual Gleisi é atacada verbalmente, ressurgiu nos grupos como se fosse um conteúdo atual. Sem contextualização, o vídeo foi utilizado para criar a sensação de que há um sentimento popular contra a ministra, manipulando emoções e distorcendo a realidade.
Uma parte da estratégia digital incluiu distorcer os fatos relacionados à punição de Gilvan. As mensagens omitiram a natureza misógina de sua ofensa, transformando-o em uma vítima de censura e criando a imagem de um “mártir” injustamente atacado. Essa reviravolta narrativa foi projetada de forma a distorcer a situação, fazendo com que Gilvan parecesse um herói por “expor a corrupção”, em vez de ser responsabilizado por suas palavras.
O mapeamento da atividade digital revelou como grupos organizados induzem sentimentos de revolta, criando uma estrutura de conteúdo que leva o público a conclusões errôneas. Gleisi foi apresentada como parte de um sistema corrupto, enquanto aqueles que a atacam foram promovidos como defensores da verdade.
Essa dinâmica de desinformação se tornou cada vez mais comum nas disputas políticas, impactando a reputação de indivíduos e o funcionamento das instituições democráticas. As estratégias baseadas na manipulação emocional e na distorção de informações têm efeitos preocupantes, ressaltando a importância de um debate político baseado em fatos e respeito mútuo, longe de ataques pessoais e desinformação.
