
Dólar atinge R$ 5,71: O que esperar dos acordos nos EUA e das decisões do Copom e do Fed nesta quarta!
O dólar encerrou a terça-feira em alta, superando a marca de R$5,70. Esse movimento ocorreu em meio à impaciência dos investidores globais com a falta de informações concretas sobre os acordos comerciais dos Estados Unidos. Além disso, muitos investidores brasileiros buscavam a segurança da moeda americana antes da chamada "superquarta", quando importantes decisões de bancos centrais ocorrerão.
Cotação do Dólar
No fechamento, o dólar à vista subiu 0,37%, atingindo R$5,7116. Apesar do aumento, no acumulado do ano, a moeda norte-americana está com uma queda de 7,56%. Às 17h03, na B3, o contrato de dólar para junho, que é o mais negociado, estava em alta de 0,19%, a R$5,7440.
Dólar Comercial:
- Compra: R$5,711
- Venda: R$5,711
Dólar Turismo:
- Compra: R$5,728
- Venda: R$5,908
Durante a maior parte do dia, o dólar permaneceu em alta devido a um certo desconforto global relacionado à indefinição dos EUA em relação às tarifas comerciais. De acordo com analistas, a falta de clareza em relação às tarifas faz com que o mercado ajuste suas expectativas e saia da zona de risco.
Além disso, muitos investidores se posicionaram em compras de dólar, adotando uma estratégia defensiva antes das decisões sobre juros que o Federal Reserve e o Banco Central do Brasil anunciarão na quarta-feira. O Fed deve manter a taxa de juros entre 4,25% e 4,50%, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Brasil está em tendência de elevar a Selic em 50 pontos-base, para 14,75%.
Os investidores estarão especialmente atentos às indicações sobre as futuras reuniões de política monetária. Nesta terça-feira, o dólar alcançou uma alta máxima de R$5,7393, aumentando 0,86% às 10h43, mas depois desacelerou. Isso se deu em consequência da redução dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano e do aumento dos preços do petróleo, que é um componente vital da pauta de exportação brasileira.
Analistas destacam que, se não fosse pelo aumento no preço do petróleo, o dólar poderia ter subido ainda mais. No cenário internacional, a moeda americana mostrava um certo enfraquecimento no fim do dia, perdendo valor frente a diversas moedas, especialmente após a eleição de um novo chanceler na Alemanha, o que impulsionou o euro.
Às 17h12, o índice que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes recuou 0,61%, marcando 99,202.
Durante a manhã, o Banco Central realizou a venda de toda a oferta de 25.000 contratos de swap cambial tradicional, visando a rolagem do vencimento de 2 de junho de 2025.
Acompanhar essas oscilações é essencial para entender o comportamento do dólar e suas implicações para o mercado financeiro e a economia como um todo. Com as decisões sobre juros se aproximando, a atenção dos investidores seguirá voltada para os sinais dos bancos centrais e seus possíveis impactos sobre a cotação da moeda.