Xi Jinping Conquista a América do Sul Enquanto Trump Ignora o Conturbado Cenário!

Em 12 de maio de 2023, o presidente da China, Xi Jinping, receberá líderes sul-americanos em Pequim para uma importante reunião diplomática, a maior desde a posse de Donald Trump. Entre os participantes estão Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, Gustavo Petro, da Colômbia, e Gabriel Boric, do Chile. Este encontro gerou preocupações nas autoridades americanas, que consideram que a presença da China na região visa obter vantagens econômicas e militares.

A administração Trump se concentrou principalmente nos desafios da influência chinesa nas proximidades dos Estados Unidos, temendo que o México sirva como um canal para produtos chineses. Enquanto isso, a ligação da China com a América do Sul continua a se fortalecer, e pesquisas recentes indicam uma melhoria na percepção pública da China nessa região.

O comércio é o principal canal que conecta a China à América do Sul. Em 2013, os Estados Unidos lideravam como parceiros comerciais, mas, em 2023, o comércio da China cresceu 43%, alcançando 304 bilhões de dólares, enquanto o comércio dos EUA caiu 25%. A demanda por commodities como cobre e soja está impulsionando essa mudança.

Empresas chinesas já investiram mais de 168 bilhões de dólares na América do Sul desde 2000, abrangendo setores de mineração, telecomunicações e energias renováveis. Embora os novos investimentos tenham diminuído recentemente, há uma tendência de aumento nas iniciativas anunciadas em 2023.

Além do comércio e dos investimentos, a China também se tornou uma importante fonte de empréstimos na região, com cerca de 111 bilhões de dólares concedidos a países como Venezuela e Brasil. Embora os novos empréstimos tenham diminuído, muitos países ainda mantêm dívidas significativas com a China, o que resulta em uma ligação financeira contínua.

Uma pesquisa recente revelou que a opinião sobre os Estados Unidos e a China na América do Sul é relativamente equilibrada, com uma leve vantagem a favor dos EUA. No entanto, muitos sul-americanos acreditam que a China respeita mais suas necessidades e interesses. A crescente influência da China está pressionando os líderes da região a se posicionarem neutralmente entre os dois blocos.

O encontro em Pequim também pode abordar questões como tarifas comerciais e a percepção de práticas comerciais mais justas por parte da China. Embora os EUA vejam a presença da China como uma ameaça, especialmente em termos de controle militar, a relação econômica continua a evoluir.

A aproximação com a China está sendo vista como uma oportunidade de diversificação, pois muitos países na América do Sul buscam manter relações comerciais com múltiplos parceiros. Esse novo cenário mostra que o acesso à tecnologia e mercados está cada vez mais diversificado, com a região buscando maximizar seus interesses econômicos.

Enquanto isso, a política americana sob Trump, que se baseia em pressões e ameaças, pode estar dificultando a construção de laços efetivos. Mesmo líderes que são mais favoráveis aos EUA reconhecem a importância da China em suas economias.

Finalmente, especialistas sugerem que os Estados Unidos devem reavaliar sua estratégia, uma vez que a América do Sul frequentemente recebe pouca atenção. Um novo enfoque nessa região poderia melhorar as relações e ajudar a contrabalançar a influência crescente da China. A América do Sul é uma região cheia de potencial e, embora a China tenha um papel significativo, uma abordagem mais engajada dos Estados Unidos poderia beneficiar ambas as partes.

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