
Maduro Reforça Seu Controle na Venezuela: A Surpreendente Vitória nas Eleições sem Concorrência!
O partido do presidente Nicolás Maduro conquistou uma vitória expressiva nas eleições realizadas no último domingo, 25 de maio. A maioria da oposição optou por não participar, convocando um boicote. Os resultados iniciais mostraram que o partido de Maduro garantiu 23 dos 24 governos estaduais e parece ter obtido a maioria absoluta no Parlamento.
Após a reeleição de Maduro, que foi alvo de controvérsias e distúrbios, o chavismo alcançou 82,68% dos votos nas listas nacionais do Parlamento, embora os resultados por circunscrição ainda estejam sendo apurados. Durante a celebração dos resultados na praça Bolívar, em Caracas, Maduro declarou que essa vitória representa a paz e a estabilidade da Venezuela.
Entre os opositores, María Corina Machado pediu a seus seguidores que não votassem, citando fraudes nas eleições presidenciais de julho do ano anterior. O comparecimento nas seções eleitorais foi notavelmente baixo, com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) reportando uma participação de apenas 42,6% dos 21 milhões de eleitores registrados.
As eleições ocorreram pouco depois da prisão de Juan Pablo Guanipa, um aliado de Machado, e de outros opositores, acusados de integrar uma “rede terrorista” para sabotar o pleito. O governo também mobilizou mais de 400 mil soldados para garantir a segurança das votações, restringiu passagens nas fronteiras e suspendeu voos com a Colômbia.
A comparação entre as seções eleitorais vazias e a movimentação intensa durante as eleições presidenciais anteriores, que resultaram em protestos e violência, é marcante. Machado, em um vídeo, denunciou o que chamou de “grande farsa”, pedindo que militares tomem uma posição contra Maduro.
Ao contrário da maioria, um pequeno grupo da oposição, liderado por Henrique Capriles, participou das eleições. Capriles, que já foi candidato presidencial, conquistou uma vaga no Parlamento e argumentou que é melhor ter uma voz dentro do legislativo do que abandoná-lo por completo.
O chavismo já detinha a maioria na Assembleia Nacional desde o boicote da oposição em 2020, e as novas legislações terão um mandato que vai até 2031. Com a nova votação, eles conseguiram recuperar o estado de Zulia e mantiveram a governança da maioria das regiões, enquanto a oposição retinha apenas Cojedes, no centro do país.
Além disso, as eleições também incluíram votação para autoridades responsáveis por assuntos do Essequibo, um território rico em petróleo em disputa com a Guiana. Neil Villamizar foi eleito governador da área, e sua eleição foi celebrada como um passo em direção à “soberania plena” sobre o Essequibo. Apesar de o território ser administrado pela Guiana, Villamizar prometeu prestar assistência aos habitantes locais em áreas como saúde e educação.
A disputa pela soberania da região continua, com a Guiana buscando confirmação das fronteiras perante a Corte Internacional de Justiça, enquanto a Venezuela utiliza o Acordo de Genebra de 1966 como base para negociações.
Maduro expressou confiança em recuperar o Essequibo e acredita que eventualmente a Guiana reconhecerá a soberania venezuelana sobre a área.