
Cade Libera Acordo entre BRB e Banco Master: O Que Isso Significa para Você!
Acordo entre BRB e Banco Master: O que Você Precisa Saber
Recentemente, a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu sinal verde ao acordo de aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB). Essa aprovação, que não impôs restrições, indica que a operação não levanta preocupações em relação à concorrência, pois algumas empresas ligadas ao Banco Master não serão incorporadas à transação.
Próximos Passos para a Aprovação
Embora o Cade tenha aprovado o acordo, ele ainda necessita do aval do Banco Central (BC). Após um período de 15 dias, caso não surjam questionamentos de conselheiros ou do mercado, a operação se tornará definitiva no contexto concorrencial. A conclusão do negócio, no entanto, depende diretamente da aprovação do Banco Central, que tem um papel fundamental na análise de tais aquisições.
Quais Ativos Não Serão Incluídos?
Uma das principais preocupações que surgiram no mercado refere-se aos ativos que o BRB não irá incorporar na aquisição do Banco Master. Estes ativos, considerados de maior risco, serão transferidos para uma nova empresa chamada Master Serviços S.A. Os ativos que ficarão fora do acordo incluem:
- Banco Master de Investimento S.A. e sua subsidiária
- KOVR Participações S.A. e suas subsidiárias
- Master Patrimonial Ltda. e suas subsidiárias
- Mombaça Empreendimentos e Participações S.A.
- NK 031 Empreendimentos e Participações Ltda. e suas subsidiárias
- Santa Ester Empreendimentos e Participações S.A. e suas subsidiárias
Justiça e Acompanhamento Regulatório
As informações indicam que o BRB já submeteu a documentação necessária ao Banco Central, visando finalizar a proposta de aquisição. O banco estatal pretende excluir cerca de R$ 33 bilhões em ativos de menor liquidez e que apresentam complexidade na precificação, uma exigência do BC para prosseguir com a análise do processo.
A expectativa de resistência por parte do Banco Central é alta, especialmente devido ao tamanho e à natureza arriscada da operação.
Venda de Ativos Pessoais
Para mitigar os riscos envolvidos na operação, Daniel Vorcaro, fundador do Banco Master, precisou vender ativos pessoais. Ele levantou cerca de R$ 1,5 bilhão por meio da venda de participações em diversas empresas, como Light e Méliuz, além de créditos, imóveis e precatórios. Essa ação foi aprovada por entidades regulatórias, como o Banco Central, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e o Cade.
Detalhes da Aquisição
O acordo, que envolve a compra de 58,04% do capital social do Banco Master por cerca de R$ 2 bilhões, foi anunciado no dia 28 de março. O negócio inclui também operações do bancos como will bank e Credcesta. Após a finalização da aquisição, Vorcaro fará parte do conselho do BRB.
Porém, o crescimento acelerado do Banco Master nos últimos anos levantou algumas preocupações no mercado. A instituição, que passou por uma reestruturação em 2021, viu sua expansão ser impulsionada por ativos de risco, como a captação via CDBs com taxas que chegavam a 130% do CDI. Ao contrário de muitos outros bancos, cerca de 34% da sua carteira são compostos por títulos e créditos a receber.
Considerações Finais
Em suma, enquanto o acordo entre o BRB e o Banco Master avança, as partes envolvidas e o mercado aguardam as próximas decisões do Banco Central. A fusão pode trazer novas dinâmicas e oportunidades no setor bancário, mas ainda há questões pendentes que precisam ser endereçadas para garantir uma integração bem-sucedida e segura.
Em resumo, o monitoramento dessa transação será fundamental para entender o futuro do Banco Master e seu impacto no mercado financeiro como um todo.