
Documentos Revelam: Wajngarten Tinha Poderes Diretos de Bolsonaro!
O caso do desvio de joias durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro ganhou novos desdobramentos com as investigações da Polícia Federal (PF). A mídia já havia reportado amplamente sobre o assunto, que envolve a tentativa de desvio de presentes valiosos recebidos por Bolsonaro de autoridades estrangeiras. A suspeita é que esses itens, ao invés de serem encaminhados ao acervo público, teriam sido apropriados para uso pessoal do ex-presidente e de sua família.
Recentemente, a PF apresentou um relatório final das investigações, que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e outras 11 pessoas, incluindo Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência. Embora um relatório final tenha sido entregue, a PF ainda pode apresentar novas evidências sobre o caso. Documentos recentes indicam o envolvimento de Wajngarten em um esquema que visava desviar pelo menos R$ 6,8 milhões, segundo informações obtidas pela PF.
Os presentes que estão no centro da investigação incluem joias que Bolsonaro recebeu ao longo de sua presidência. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), esses itens deveriam ser considerados patrimônio público e encaminhados corretamente. A apuração da PF foi iniciada após uma reportagem que revelou que o ex-presidente teria tentado apropriar-se dos itens de luxo, desvirtuando o que deveria ser uma doação ao governo brasileiro.
Wajngarten se manifestou recentemente através de uma rede social, onde afirmou ter atuado como gestor de crise e advogado de Bolsonaro em relação ao caso das joias. Ele destacou que sua intenção era garantir que os presentes fossem entregues ao TCU, conforme a legislação vigente.
No entanto, trechos de documentos da PF indicam que Wajngarten teria se envolvido ativamente em ações destinadas a recuperar as joias, que passaram a ser referidas como “kit ouro rose”. O objetivo, segundo a investigação, era ocultar a localização e movimentação das joias, além de esconder os ganhos que Bolsonaro teria obtido com outros itens desviados do acervo público.
Documentos também apontam que a estratégia dos envolvidos envolvia a manutenção de uma versão falsa sobre o armazenamento das joias, alegando que elas estariam em uma propriedade do ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, localizada na região de Brasília. Essa versão fictícia seria utilizada tanto na comunicação com a imprensa quanto nas investigações da própria Polícia Federal, indicando um esforço para obscurecer os fatos relacionados ao desvio.
As investigações sobre este caso continuam em andamento, e a PF está em busca de reforçar suas evidências e reunir informações adicionais que possam esclarecer a participação dos envolvidos e a extensão do esquema de desvio.
A situação traz à tona questões sobre a transparência e a integridade em relação aos bens que pertencem ao patrimônio público, além de evidenciar a importância da fiscalização por parte das autoridades competentes. Com novos detalhes sempre surgindo, o desdobramento deste caso promete continuar atraindo a atenção da sociedade e das instituições.