
Tragédia no Paraná: Pai Desolado Fala Sobre a Perda Inimaginável da Filha em Acidente com Máquina de Lavar
Caso de Isabelly: Justiça Aceita Denúncia Contra a Madrasta
Após dois longos anos desde a trágica morte de Isabelly Oliveira Assumpção, a Justiça finalmente aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra Suzana Dazar dos Santos, a madrasta da menina. Isabelly faleceu em 8 de maio de 2022, após se afogar em uma máquina de lavar roupas em sua casa, em Cascavel, Paraná. Naquele dia, ela tinha apenas três anos e estava sob os cuidados de Suzana enquanto seu pai, Alex dos Santos Assumpção, estava no trabalho.
A aceitação da denúncia, ocorrida em 14 de janeiro, levou Suzana a ser oficialmente reconhecida como ré no processo. Em um testemunho emocional, Alex comentou que, embora nada possa reparar a dor da perda de sua filha, a Justiça lhe traz um pouco de alívio. “Nada vai reparar a perda, mas a justiça vai acalmar um pouco o nosso coração”, afirmou ele.
O Crime e as Acusações
O MP-PR alega que Suzana foi responsável pela morte de Isabelly, afirmando que ela "previu e assumiu conscientemente o risco" que sua ação representava. Segundo as investigações, Suzana teria colocado a menina em um banco de plástico em frente à máquina de lavar e deixado brinquedos dentro do aparelho, além de deixá-la sozinha no local. O Ministério Público também levantou a hipótese de que o crime poderia estar relacionado a ciúmes que Suzana sentia em relação à proximidade de Alex com a mãe da menina.
A Defesa da Madrasta
Os advogados de defesa de Suzana argumentam que a morte de Isabelly foi um “acidente” e que a denúncia apresentada contra ela é exagerada. Eles alegam que, após encontrar a menina, Suzana gritou por socorro, levando vizinhos a acionarem a equipe de emergência. Os defensores destacam que havia uma boa relação entre madrasta e enteada e enfatizam que não há evidências de que Suzana agiu com a intenção de causar a morte da criança.
Um dos advogados, Paulo Hara Júnior, afirmou que não existem indícios que comprovem a intenção de Suzana de prejudicar a garota. Outra defensora, Suelane Gundim, complementou que o caso deve ser analisado com base na legislação, argumentando que não há elementos que indiquem dolo, ou seja, intenção de cometer o crime.
A Reação da Mãe de Isabelly
Por outro lado, a mãe de Isabelly e seus defensores têm se posicionado firmemente contra as alegações de acidente. Eles argumentam que houve um planejamento consciente que culminou na morte da menina. “Ela preparou toda uma situação para que o crime acontecesse. A máquina, o banquinho, ela estava de meia; os brinquedos foram colocados dentro da água”, afirmou o advogado que representa a mãe, sugerindo que as circunstâncias da morte não foram acidentais.
Conclusão
O caso de Isabelly Oliveira Assumpção continua a ser uma história dolorosa que impactou a comunidade e trouxe à tona questões sobre segurança infantil e dinâmicas familiares. Enquanto a Justiça avança no processo, tanto a família da vítima quanto a defesa da madrasta permanecem firmes em suas posições. Este trágico incidente levanta debates sobre responsabilidade e justiça que ainda precisam ser completamente resolvidos. Para Alex, o pai de Isabelly, a expectativa é de que, independentemente do resultado, a busca por justiça sirva como um passo no processo de cura para ele e sua família.