Choque no Comércio: EUA Impõem Taxa de 18% sobre Etanol Brasileiro!

Na última quinta-feira, a Casa Branca anunciou novas tarifas de importação, que estão sendo chamadas de “tarifas recíprocas”. Essa decisão vem acompanhada de um memorando que apresenta uma lista de países e produtos considerados injustamente favorecidos em relação ao comércio com os Estados Unidos.

O etanol brasileiro se destaca como o primeiro item dessa lista. Atualmente, a tarifa aplicada pelos EUA sobre o etanol é de apenas 2,5%. Em contrapartida, o Brasil impõe uma tarifa de exportação de 18% sobre o produto americano. Essa diferença resulta em uma balança comercial desequilibrada, com os EUA importando mais de US$ 200 milhões em etanol do Brasil em 2024, enquanto as exportações do produto para o Brasil totalizam apenas US$ 52 milhões.

De acordo com fontes da Casa Branca, as tarifas serão estabelecidas de maneira individualizada, considerando cada país e cada produto, o que significa que a implementação das tarifas não será imediata, mas deverá ocorrer em um horizonte de algumas semanas ou meses. O governo afirma que a ideia por trás das tarifas é garantir uma espécie de justiça comercial, onde os Estados Unidos cobrariam dos países o mesmo percentual que eles impõem aos produtos americanos.

Durante o anúncio, o presidente expressou sua intenção de negociar com os países afetados, afirmando que estaria aberto a discutir a redução das tarifas caso outros países também optem por baixar as deles. Esse discurso reflete uma crítica contínua do governo americano sobre práticas de comércio consideradas desleais que, segundo eles, prejudicam as indústrias americanas.

Essas novas tarifas também têm um impacto na relação comercial com o Brasil. O governo brasileiro tem usado a negociação como uma estratégia para tentar reverter tarifas já existentes, como as de 25% aplicadas ao aço e ao alumínio. Embora haja uma expectativa de que o Brasil fosse menos afetado pelas novas tarifas, essa suposição parece estar se desmoronando, pois o Brasil já está na mira das novas medidas.

O Itamaraty, que foi consultado sobre a nova decisão, ainda não emitiu uma resposta oficial. Essa situação ilustra a complexidade das relações comerciais atuais e a tensão que pode surgir em decorrência de políticas protecionistas que estão sendo implementadas. A expectativa é que os diálogos continuem, na busca por soluções que possam beneficiar ambas as partes e equilibrar as relações comerciais.

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