
Em meio a recentes investimentos no elenco, o Santos enfrentou críticas severas de Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá. Ele levantou questões sobre dívidas não quitadas pelo clube, sugerindo que a gestão financeira do Santos poderia estar comprometida. Durante uma entrevista, Dresch não hesitou em falar sobre a situação do clube e sua relação com as finanças, questionando a responsabilidade na gestão de dívidas no futebol brasileiro.
Dresch afirmou que muitos clubes, incluindo Santos, fazem investimentos significativos enquanto ainda devem valores a outras equipes. Ele destacou que a criação da CNRD, um órgão da CBF destinado a resolver disputas financeiras entre clubes, deveria atuar para coibir essa inadimplência. Para o presidente do Cuiabá, essa falta de ação efetiva por parte da CNRD incentiva a irresponsabilidade financeira.
Ele exemplificou sua crítica citando o exemplo do Santos, que obteve aprovação para um plano de parcelamento de dívidas. Segundo ele, o Santos está pagando suas obrigações com prazos longos e sem juros, o que, na visão de Dresch, não seria uma prática correta. Isso ocorre em um momento em que o clube, mesmo com dificuldades financeiras, investe em novos jogadores.
Dresch também mencionou que a situação não se limita apenas ao Santos. Outros clubes, como o Corinthians e o Atlético-MG, também lidam com questões semelhantes e estão buscando acordos de pagamento com a CNRD. A preocupação é que essa dinâmica de negociar dívidas em condições favoráveis possa criar um cenário de irresponsabilidade financeira generalizada, onde clubes continuem a gastar sem efetivar pagamentos devidos.
Por fim, ele expressou ceticismo sobre a capacidade do Santos de honrar suas dívidas em meio a gastos substanciais em contratações. As declarações de Dresch refletem um sentimento que vem crescendo entre dirigentes de clubes brasileiros sobre a necessidade de um controle mais rígido sobre as finanças no esporte, especialmente quando se fala em “Fair Play Financeiro”. É um chamado para que os clubes façam uma gestão mais responsável e transparente, evitando assim um ciclo de inadimplência que pode impactar toda a estrutura do futebol brasileiro.