
ADRs de Empresas Brasileiras: Queda Surpreendente em Dia de Lucros nos EUA!
Panorama Financeiro: Alta nas Bolsas Americanas e Expectativas de Lucros
As bolsas de Nova York iniciaram o mês com um desempenho positivo, impulsionadas pela expectativa de resultados sólidos das grandes empresas de tecnologia no primeiro trimestre, especialmente após os anúncios recentes da Microsoft e da Meta. Os juros nos Treasuries acionaram alta, enquanto o dólar se valorizou após a divulgação de dados econômicos dos EUA sobre os setores industrial e de construção. Apesar de uma queda em abril, o PMI industrial do ISM ficou acima das previsões dos analistas.
Desempenho dos Índices
O Dow Jones terminou com um incremento de 0,21%, atingindo 40.752,96 pontos. O S&P 500 subiu 0,63%, alcançando 5.604,14 pontos, e o Nasdaq, focado em tecnologia, avançou 1,52%, fechando em 17.710,74 pontos. Essas altas refletem a confiança dos investidores na recuperação econômica e no desempenho das grandes corporações.
Influência da Política Externa
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de sanções ao petróleo iraniano, o que teve um impacto significativo no mercado de petróleo. Na Europa, a Bolsa de Londres manteve-se praticamente estável, enquanto outros mercados acionários ficaram fechados em razão de um feriado.
Mercado Brasileiro
No cenário internacional, o EWZ, que é o principal ETF brasileiro negociado em Nova York, apresentou uma leve queda, mesmo com as bolsas americanas em alta. A B3 estava fechada em homenagem ao Dia do Trabalho, e também não ocorreram transações na China Continental. No entanto, os ADRs (American Depositary Receipts) das empresas brasileiras relacionadas a commodities tiveram um desempenho positivo: o ADR da Vale subiu 0,48% e o da Petrobras 1,11%. Por outro lado, os ADRs de Itaú Unibanco e Bradesco apresentaram quedas de 0,40% e 0,81%, respectivamente.
Destaque das Ações de Tecnologia
A Nvidia se destacou no setor tecnológico, com um aumento de 2,47%, após autorevelações de investimentos robustos de clientes como Microsoft e Meta em infraestrutura de inteligência artificial. As principais empresas de tecnologia, incluindo Apple e Amazon, também divulgarão seus resultados financeiros em breve, gerando expectativa no mercado.
Taxas de Juros e Câmbio
Aos poucos, as taxas de juros nos Estados Unidos subiram: a T-note de 2 anos estava a 3,698%, a de 10 anos a 4,216%, e a de 30 anos a 4,724%. No mercado de câmbio, o índice DXY, que avalia o dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, subiu 0,78%, fechando acima da marca de 100 pontos pela primeira vez desde abril. O dólar também se valorizou, atingindo 145,63 ienes, em resposta à decisão do Banco do Japão de manter seus juros inalterados em 0,05% ao ano.
Dados Econômicos e Sentimento do Mercado
O PMI industrial dos EUA, que mede a atividade econômica, caiu de 49 em março para 48,7 em abril, o nível mais baixo desde maio de 2020. Contudo, o resultado superou as expectativas, que previam uma queda maior. Ao mesmo tempo, os investimentos em construção caíram 0,5% em março, ao contrário da previsão de crescimento de 0,3%.
Embora o setor manufatureiro não demonstre um crescimento robusto, a manutenção de níveis acima do esperado indica um certo grau de resiliência, mesmo diante da incerteza gerada pela política tarifária e por outros fatores econômicos.
Mercado Internacional e Commodities
Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, impulsionadas pela decisão do Banco do Japão sobre as taxas de juros e pela percepção de um cenário econômico instável em função das tarifas dos EUA. O índice Nikkei do Japão subiu 1,13%, alcançando 36.452,30 pontos, com o iene se desvalorizando em relação ao dólar.
O mercado de petróleo fechou com alta de cerca de 2%, favorecido por declarações de Trump que intensificaram a pressão sobre países que negociam petróleo iraniano. A Opep também sinalizou uma possível redução na oferta, aumentando a atenção dos investidores para as expectativas de demanda, especialmente da China.
Esse panorama reflete um ambiente econômico dinâmico, com uma combinação de fatores locais e internacionais influenciando o desempenho dos mercados. Os próximos dias prometem ser cruciais, particularmente com a divulgação dos resultados financeiros das grandes empresas, que podem moldar as expectativas para o restante do ano.