
Alerta: Estoque Crítico de Combustível em Postos Após Greve dos Caminhoneiros!
Greve de Caminhoneiros Transportadores de Combustíveis em Minas Gerais
Na madrugada da última segunda-feira, uma greve de caminhoneiros que transportam combustíveis teve início em Minas Gerais, sem uma previsão definida para término. As primeiras consequências já podem ser observadas nas bombas de combustível, onde muitos postos estão enfrentando estoques críticos, conforme informações de associações do setor.
Postos da marca Vibra, antiga BR Distribuidora, estão sendo os mais impactados. Em uma visita a um posto na Avenida Teresa Cristina, foi constatado que apenas uma bomba estava operando com gasolina, mas a quantidade disponível não era suficiente para durar muito tempo. A situação pode piorar se a greve continuar, especialmente para os postos da bandeira Petrobras, que representam cerca de 16% do total em Minas.
Os caminhoneiros, que estão organizados na paralisação, impedem que motoristas que trabalham no regime FOB (onde o dono do posto arca com os custos de frete) acessem a distribuidora para reabastecimento. Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram uma fila considerável de caminhões parados próximos à base da Vibra Energia em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Os trabalhadores em greve estão reivindicando o cumprimento de duas legislações que garantem direitos relacionados ao transporte de cargas. De acordo com os representantes da classe, as empresas não estão pagando o piso mínimo de frete estipulado pela Lei 13.703/2018, nem o vale-pedágio, que é obrigatório conforme a Lei 10.209/2001.
“O pagamento do frete muitas vezes tem ficado 10% a 15% abaixo do valor mínimo estabelecido. Quanto ao pedágio, as empresas costumam pagar somente 50% após a viagem ser realizada, desrespeitando a norma que exige a quitação antes da viagem”, destacaram os representantes dos caminhoneiros.
Em resposta às preocupações levantadas pela greve, a Vibra Energia declarou que está implementando ações para minimizar os riscos de desabastecimento e atender adequadamente seus clientes. A empresa também enfatizou que mantém seus contratos com as transportadoras e que todos devem ser respeitados.
Além disso, a empresa manifestou disposição para dialogar diretamente com seus contratados, enfatizando que não apoia práticas coletivas que possam ser consideradas uma infração à legislação de defesa da concorrência.
A situação continua a se desenvolver, e muitos motoristas e consumidores estão atentos aos desdobramentos da greve, que pode afetar significativamente a distribuição de combustíveis na região.