Alerta Global: Embaixadas, incluindo a do Brasil, Sofrem Ataques no Congo!

Na capital da República Democrática do Congo (RDC), Kinshasa, várias embaixadas estrangeiras, incluindo a do Brasil, foram alvo de ataques recentes. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, conhecido como Itamaraty, expressou sua grave preocupação com esses incidentes em uma nota divulgada na noite de terça-feira (28). No comunicado, foi assegurado que todos os funcionários da embaixada brasileira estão seguros.

A diplomacia brasileira reiterou a importância do respeito à inviolabilidade das missões diplomáticas e ressaltou a responsabilidade do país anfitrião em garantir a proteção do pessoal e das instalações diplomáticas. O Itamaraty também expressou confiança no governo congolês para que tome medidas efetivas para restaurar a ordem.

Durante os ataques, a bandeira brasileira foi retirada por parte dos manifestantes, conforme indicado pelo Itamaraty. Em um comunicado anterior, o governo brasileiro já havia manifestado sua preocupação com o aumento da violência no leste da RDC, especialmente em Goma, onde ataques recentes contra tropas da missão da ONU e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral resultaram na morte de 13 integrantes dessas forças.

Goma, localizada no extremo leste do país, próximo à fronteira com Ruanda, e a mais de 2.000 quilômetros de Kinshasa, viu uma escalada significativa de tensão. Relatos da imprensa internacional indicam que o grupo M23, em uma ofensiva militar, conseguiu tomar o controle do aeroporto da cidade, resultando em cenários de violência e caos nas ruas. Esta é a pior escalada de conflito na região desde 2012, em meio a uma disputa de longa data pelo controle dos recursos minerais do país.

A RDC é conhecida por suas abundantes riquezas naturais, incluindo ouro, e possui minerais importantes para a produção de eletrônicos e veículos elétricos. Um relatório de uma missão da ONU indicou que uma área chamada Rubaya é responsável por mais de 15% do fornecimento global de tântalo, um mineral considerado crítico por nações como os Estados Unidos e a União Europeia.

Com a situação se deteriorando, o Conselho de Segurança da ONU fez um apelo para o fim das hostilidades do M23 no Congo. O grupo tem sido acusado de receber apoio financeiro do governo de Ruanda, embora esse envolvimento não tenha sido confirmado ou negado oficialmente. A ONU observou que as ações do M23 representam uma violação do cessar-fogo estabelecido em processos de paz e exigiu uma reversão de seus ganhos territoriais recentes.

Além disso, o Conselho reafirmou seu apoio a um diálogo mediado pela União Africana, com foco na busca de uma solução pacífica para as tensões entre a RDC e Ruanda, liderada pelo presidente de Angola. Essa mediação tem como objetivo estabelecer um caminho para resolver a crise que se intensificou nos últimos dias.

A situação na RDC continua a ser monitorada de perto, enquanto os esforços diplomáticos são mobilizados para promover a estabilidade e a paz na região.

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