Alerta: Morgan prevê execução e derrocada da CSN Mineração; Ações CMIN3 despencam quase 4%!

Análise da CSN Mineração e Perspectivas para o Minério de Fe

Recentemente, as ações da CSN Mineração (CMIN3) enfrentaram uma revisão significativa em sua recomendação de investimento, passando de "exposição igual ao mercado" para "exposição abaixo do mercado" devido a desafios crescentes no setor de minério de ferro. Em conseqüência, o preço-alvo das ações foi reduzido de R$ 6,20 para R$ 5,30, refletindo um ambiente de negócios desafiador.

Um dos principais fatores que contribuíram para essa mudança foi o alto risco associado ao plano de expansão da empresa, especialmente relacionado ao projeto da mina Itabirito P15. Este projeto, que visa adicionar 16,5 milhões de toneladas de minério com teor de ferro de 67%, teve seu início de operação adiado em quatro anos, agora programado para o quarto trimestre de 2027. Esse atraso gera preocupações sobre a entrega do projeto dentro do cronograma e do orçamento estabelecidos, o que poderia impactar negativamente os resultados da companhia.

Além disso, a empresa está enfrentando um desafio considerável com seu fluxo de caixa. A CSN Mineração possui sete contratos ativos de pré-pagamento que totalizam aproximadamente 55,1 milhões de toneladas a serem entregues até o final de 2029, acumulando pré-pagamentos de cerca de US$ 2,4 bilhões. Embora esses acordos garantam liquidez imediata, eles também afetam a conversão do EBITDA em fluxo de caixa livre no longo prazo, resultando em rendimentos projetados negativos para o fluxo de caixa livre entre 2025 e 2027.

As projeções de EBITDA para os próximos anos também foram revisadas para baixo. A expectativa é que o EBITDA atinja R$ 1,63 bilhão no segundo trimestre de 2025, representando uma queda de 3,8% em relação à estimativa anterior. As estimativas para os anos seguintes são igualmente alarmantes, com previsões de R$ 6,41 bilhões em 2025 (uma diminuição de 9%), R$ 7,00 bilhões em 2026 (queda de 15,5%) e assim por diante. O lucro por ação também deve sofrer ajustes, com valores normalizados de R$ 0,10 no segundo trimestre de 2025, R$ 0,24 em 2025 e R$ 0,68 em 2028.

Apesar dessas projeções alarmantes, as ações da CSN Mineração continuam sendo negociadas a um múltiplo de 4,7 vezes o Valor da Firma em relação ao EBITDA para 2025, um número que está cerca de 15% acima da média histórica. O desempenho negativo do fluxo de caixa livre, resultado dos contratos de pré-pagamento, pressiona ainda mais a situação financeira da empresa.

No contexto mais amplo do mercado de minério de ferro, as previsões indicam uma média de preços de US$ 100 por tonelada em 2025 e US$ 95 em 2026, uma queda em relação aos US$ 110 por tonelada em 2024. Essa redução de preços se deve a um superávit esperado no mercado transoceânico, que deve atingir 62 milhões de toneladas em 2025. Essa situação é exacerbada pela demanda em declínio, especialmente da China, combinada com um aumento na oferta, que inclui os 20 milhões de toneladas adicionais previstos da mina Simandou, a serem operadas em 2026.

Essas dinâmicas de oferta e demanda ressaltam a necessidade de atenção cuidadosa por parte dos investidores. A CSN Mineração, enfrentando desafios internos e um cenário de mercado incerto, precisa implementar estratégias robustas para navegar por esses tempos difíceis e garantir a entrega eficiente de seus projetos. Em meio a essa complexidade, a transição e a adaptação serão cruciais para manter a competitividade da empresa no setor de mineração.

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