
Alerta na Granja! Governo do RS Declara Emergência e Destrói Milhares de Ovos por Gripe Aviária!
O governo do Rio Grande do Sul anunciou, no último sábado (17), o estado de emergência em saúde animal devido à identificação do vírus da gripe aviária em aves comerciais em uma granja de Montenegro. Essa ação visa controlar a influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), popularmente conhecida como gripe aviária. O decreto terá validade por 60 dias, afetando 12 municípios da região.
As cidades abrangidas são: Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Montenegro, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão. Além do caso em Montenegro, o vírus também foi encontrado em aves silvestres no Zoológico de Sapucaia do Sul.
O impacto da gripe aviária se faz sentir em várias partes do Brasil. Somente no estado do Rio Grande do Sul, houve a morte de 17 mil aves de granja e 38 cisnes e patos no zoológico. Essa disseminação levanta preocupações sobre a saúde animal e, consequentemente, sobre a saúde pública.
Na mesma ocasião, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) informou que os ovos para incubação provenientes da granja com registro do vírus foram rastreados, encontrados em Minas Gerais, Paraná e no próprio Rio Grande do Sul. Medidas de saneamento estão sendo implementadas, incluindo a destruição dos ovos, embora não haja evidências de contaminação. Importante ressaltar que os ovos para incubação não são destinados ao consumo humano, mas sim para a criação de novas aves.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) está acompanhando a situação de perto, dado que este é o primeiro foco de gripe aviária de alta patogenicidade confirmado na região. O organismo enfatiza que o vírus anteriormente afetava apenas aves silvestres e de criação caseira. Nos últimos dois anos, mais de 4,7 mil surtos foram registrados na América Latina e no Caribe, afetando diversas espécies, desde aves de criação até mamíferos marinhos.
Apesar das preocupações, a FAO garante que o consumo de carne de frango e ovos permanece seguro, desde que bem cozidos. O risco de infecção humana é considerado baixo. Além disso, países vizinhos também confirmaram casos da doença, reforçando a necessidade de cooperação entre nações para conter a propagação do vírus.
A situação demanda vigilância constante e ações coordenadas para proteger a saúde animal e a população, enquanto se busca garantir a segurança dos sistemas agroalimentares da região.