Caseiro devorado por onça-pintada: Sobrinho revela mistério que pode ter ‘amansado’ o felino!

Um trágico incidente ocorreu na região de Touro Morto, em Mato Grosso do Sul, onde Jorge Ávalo, um caseiro de 60 anos, foi fatalmente atacado por uma onça-pintada. De acordo com o sobrinho de Jorge, o tio costumava criar uma certa proximidade com o animal, acreditando que a onça se mantinha distante durante o dia.

Relatos da família indicam que a onça frequentemente rondava a área do pesqueiro onde Jorge trabalhava, sendo vista com certa regularidade pelas câmeras de segurança, mesmo durante o dia, próximo à água e aos barcos. O sobrinho mencionou que Jorge estava mais relaxado em sua vigilância, pensando que o grande felino só se aproximaria à noite, enquanto ele permanecia em casa.

Após o ataque, a Polícia Militar Ambiental mobilizou uma força-tarefa que conseguiu capturar a onça na madrugada seguinte. O animal, um macho que pesava 94 quilos, foi encontrado após um trabalho conjunto de pesquisadores e policiais. Durante a captura, procedimentos de monitoramento foram realizados, incluindo a instalação de um acesso venoso e um monitor de frequência cardíaca, para garantir a saúde do animal durante e após a captura.

As autoridades explicaram que o objetivo é levar a onça para um centro de reabilitação, onde será possível investigar as circunstâncias do ataque. Os especialistas que participaram da ação notaram que a onça apresentava sinais de magreza, o que pode indicar dificuldades alimentares na região.

A localidade onde aconteceu o ataque, Touro Morto, fica a cerca de 150 quilômetros da cidade de Miranda e é caracterizada pela presença de vegetação densa e rica biodiversidade, sendo parte do bioma do Pantanal. Essa área é famosa por sua natureza selvagem, sendo lar de diversas espécies, inclusive a onça-pintada. Estima-se que cerca de 75% do território do município é coberto por este bioma, que abriga um alto índice de espécies preservadas.

O Pantanal, em particular, proporciona um habitat ideal para a fauna local, favorecendo a preservação de espécies através de sua geografia singular e estacionalidade. Especialistas em biologia apontam que as características ecológicas da região favorecem a coexistência de animais silvestres, inclusive grandes felinos.

Entretanto, zonas rurais como Touro Morto enfrentam desafios relacionados à convivência com a fauna silvestre, especialmente em áreas onde a pecuária predomina. Embora a geografia isolada beneficie a conservação do meio ambiente, também cria um “vazio demográfico”, onde a natureza predomina sobre centros urbanos. Esse cenário pode gerar conflitos com a fauna, uma vez que onças e outros predadores, em busca de alimento, podem atacar o gado.

A combinação de proximidade entre a população local e a vida selvagem requer cuidados e práticas adequadas para garantir a segurança de todos, tanto humanos quanto animais. Fatores como a educação sobre a fauna local e a implementação de medidas de segurança são essenciais para mitigar riscos e promover uma convivência harmoniosa.

Esse trágico evento serve como um lembrete da potência e da complexidade da natureza, onde a interação entre seres humanos e animais silvestres precisa ser feita com respeito e cautela. O caso de Jorge Ávalo destaca a importância de uma maior conscientização sobre as práticas de convivência com a fauna local, principalmente em regiões de contato direto com a vida selvagem.

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