Os preparativos para o clássico entre Palmeiras e São Paulo, que ocorrerá na próxima segunda-feira (10) às 21h35, estão intensos. Essa partida, válida pela semifinal do Campeonato Paulista, trouxe à tona uma polêmica em relação à sua data. A diretoria do São Paulo gostaria que o confronto fosse realizado no final de semana, mas a partida foi agendada para segunda-feira.
O Palmeiras, que joga em casa por ter uma campanha superior, havia sugerido à Federação Paulista de Futebol (FPF) que o jogo acontecesse no domingo (9) ou na segunda (10). O Allianz Parque, palco do confronto, estará ocupado no sábado (8) devido a um show da banda Offspring. A FPF aceitou a proposta do Palmeiras, mas o clássico não poderia ser realizado no domingo por conta de compromissos do Corinthians na fase preliminar da Copa Libertadores.
A decisão de marcar o “Choque-Rei” para segunda-feira causou descontentamento no São Paulo, que se manifestou surpreso com a escolha. A diretoria do clube acredita que jogos com grande importância devem ser realizados nos finais de semana. Em protesto, o São Paulo decidiu não enviar representantes para o conselho técnico da FPF, demonstrando seu desagrado com a situação. Por sua vez, a diretoria do Palmeiras considerou a reação do São Paulo “infantil”, sugerindo que o clube rival estaria tentando desviar o clássico do Allianz Parque.
Além dessa controvérsia, outra questão polêmica que vem à tona envolve a disputa sobre o uso de gramados sintéticos. Jogadores do São Paulo, incluindo Lucas Moura, têm expressado sua oposição a esse tipo de campo. Moura, por exemplo, esteve ausente de um confronto anterior contra o Palmeiras, citando sua preferência por jogar em gramados naturais, mesmo que estes não sejam bem cuidados. O Palmeiras, por sua vez, defendeu seu gramado artificial, afirmando que o debate sobre a qualidade dos campos no Brasil deve ser fundamentado e não baseado em críticas superficiais.
A rivalidade entre Palmeiras e São Paulo vai além dos jogos. Nos últimos anos, houve diversas disputas fora de campo. Em uma ocasião, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, ironizou a pré-temporada do São Paulo feita fora do país, resposta à qual o presidente tricolor, Julio Casares, se opôs. Outros episódios, como a contratação do lateral Caio Paulista pelo Palmeiras, que foi um destaque no São Paulo, também adicionaram tensão à relação entre os clubes.
Em um contexto mais amplo, a rivalidade teve momentos marcantes nos últimos anos, como quando Carlos Belmonte, diretor do São Paulo, fez um comentário infeliz após um jogo, gerando uma série de repercussões. Esses eventos mostram que a competição vai muito além do que acontece em campo, envolvendo também questões de relações institucionais entre os clubes.
