Como a Barreira Transformou a Vida de um Torcedor Venezuelano no Brasil

A História de Carlos: Um Torcedor Vascaíno e sua Nova Vida na Barreira do Vasco

Carlos Casares, um venezuelano que chegou ao Brasil em 2018, encontrou mais do que um lar em sua nova cidade; ele encontrou uma comunidade que o acolheu e transformou sua vida. Ao deixar a Venezuela em meio a dificuldades pessoais, Carlos buscou um novo começo, inicialmente planejando ir à Argentina. Contudo, após ser assaltado na fronteira, ele chegou ao Brasil com poucos recursos e uma determinação firme.

Em sua chegada ao Rio de Janeiro, Carlos procurou ajuda de um sacerdote, que o encaminhou a um endereço próximo a São Januário, a famosa casa do Vasco. O que deveria ser uma estadia de duas semanas se transformou em quatro meses, onde ele não apenas encontrou abrigo, mas também começou a se integrar à comunidade da Barreira do Vasco.

Para Carlos, a Barreira não é apenas um lugar; é um símbolo de acolhimento e segurança. Ele descreve como as interações na Paróquia Santo André e sua participação na equipe de natação do Vasco o ajudaram a se sentir parte de uma família. O clube foi um fator importante nesse processo, já que, ao se envolver no time de natação, ele se apaixonou pelo Vasco, tornando-se um torcedor dedicado.

Carlos compartilha com alegria como as vitórias do Vasco passaram a fazer parte de sua vida, ressaltando que, sempre que comparece aos jogos, o time sai vencedor. Isso se aplica não apenas aos jogos do Vasco, mas também à sua trajetória de vida. Ele expressa a importância que o clube e a comunidade tiveram em sua adaptação ao Rio de Janeiro, destacando que, apesar dos desafios, a energia da torcida e a presença da comunidade foram inspiradoras.

Com o tempo, Carlos consolidou sua identidade como vascaíno, mas também mantém sua paixão pelo Puerto Cabello, time de sua terra natal. Quando o sorteio da Conmebol anunciou um jogo entre Vasco e Puerto Cabello, ele fez questão de garantir seu ingresso, carregando consigo a camisa do time venezuelano e torcendo pelo seu coração dividido.

Hoje, Carlos vive em Vargem Pequena e trabalha em uma empresa de tecnologia. Ele sonha em se naturalizar brasileiro em 2025, enquanto já educa seu filho, Luiz Rodrigo, para ser vascaíno. Para ele, a Barreira do Vasco foi mais do que um lar temporário; foi um espaço de transformação e construção de novas histórias.

Independente das dificuldades que enfrentou no passado, Carlos é um testemunho da força das conexões humanas, da paixão pelo futebol e do amor por sua nova casa. Com o coração dividido entre seus dois times, ele se prepara para acompanhar a emocionante partida entre Vasco e Puerto Cabello, reafirmando seu orgulho em fazer parte dessa comunidade vibrante.

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