
Conflito em Ascensão: Militares de Ruanda Cruzam Fronteira para o Congo Democrático!
Grandes contingentes de tropas de Ruanda entraram na República Democrática do Congo (RDC) para apoiar a milícia M23 em sua tentativa de capturar Goma, a capital regional da província do Quivu do Norte, localizada no leste do país. Goma, uma cidade com cerca de 2 milhões de habitantes, está atualmente sob cerco do M23, que visa controlar áreas ricas em recursos minerais e rotas comerciais estratégicas.
Informações indicam que importantes comandantes das Forças de Defesa de Ruanda foram deslocados para a cidade de Gisenyi, situada a menos de 1,5 km de Goma, como parte de uma estratégia militar. Nos últimos dias, combates intensos entre as forças do M23 e o exército congolês têm sido registrados nas proximidades de Goma. Desde o início de 2025, mais de 100 mil pessoas foram deslocadas de suas casas devido à ofensiva do grupo armado, de acordo com dados de agências humanitárias.
Ruanda nega envolvimento com o M23. O presidente ruandês, Paul Kagame, declarou que a RDC está apoiando a Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda (FDLR), um grupo armado que atua no território congolês e é composto em sua maioria por extremistas hutus, incluindo indivíduos acusados de crimes durante o genocídio de 1994 contra o povo tutsi.
Esforços diplomáticos até o momento não surtiram efeito. Em dezembro do ano passado, o presidente de Angola tentou mediar um diálogo entre o presidente congolês, Félix Tshisekedi, e Paul Kagame, na esperança de reduzir as tensões. No entanto, as negociações não avançaram, aumentando a preocupação sobre uma escalada no conflito.
Um relatório de especialistas da ONU, apresentado ao Conselho de Segurança, mencionou que Ruanda estaria se beneficiando da exploração ilegal de minerais provenientes de áreas sob controle do M23, ampliando as suspeitas do governo congolês em relação à atuação ruandesa. Essas acusações também se estendem à FDLR.
Em meio ao aumento das hostilidades ao redor de Goma, a RDC decidiu romper laços diplomáticos com Ruanda. O Ministério das Relações Exteriores congolês anunciou a retirada imediata de todo o seu pessoal diplomático do país vizinho.
Em resposta à crescente crise, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência para discutir a situação. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar dos eventos na região, temendo por uma escalada do conflito e suas consequências humanitárias.