Conflito entre EUA e Ucrânia: Como a Guerra Tarifária Está Abrindo Aporte para o Colapso dos Mercados Mundiais!

As bolsas de valores da Europa e os futuros dos índices acionários de Nova York estão apresentando recuos, impulsionados por uma nova onda de aversão ao risco. Essa situação é em grande parte resultante das tensões geradas pela guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pela recente suspensão da ajuda militar à Ucrânia. Esse cenário de incerteza tem afetado negativamente o humor dos investidores globalmente, refletindo-se em uma valorização do dólar e uma queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano.

Por exemplo, por volta das 10h15, o índice DXY, que avalia o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, registrava uma queda de 0,80%, atingindo 105,89 pontos. Os investidores estão preocupados com o impacto que as políticas comerciais do atual governo dos EUA podem ter sobre o crescimento econômico do país.

No mercado de Treasuries, observou-se uma diminuição nas taxas, com as T-notes de dois anos caindo para 3,920%, em comparação com 3,958% da sessão anterior. As T-notes de dez anos também apresentaram queda, passando de 4,159% para 4,144%.

No setor de ações, os índices futuros não estão se saindo bem. O futuro do Dow Jones estava em queda de 0,38%, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registravam recuos de 0,67% e 0,77%, respectivamente. Na Europa, o índice Stoxx 600 caiu 1,63%, com destaque para o setor automotivo, que foi um dos mais afetados pela implementação das novas tarifas, apresentando uma redução de 4,7%.

Entre as commodities, o preço do petróleo Brent para entrega em maio caiu 1,49%, para US$ 70,55 por barril, enquanto o petróleo WTI, com entrega em abril, registrou uma queda de 1,23%, sendo negociado a US$ 67,53. Em contrapartida, o ouro viu seus preços subirem. Os contratos futuros de ouro aumentaram 1,23%, alcançando US$ 2.936,8 por onça-troy, aproximando-se do recorde histórico de US$ 2.974 estabelecido no final de fevereiro.

A partir de hoje, as importações de produtos do México e do Canadá para os Estados Unidos estarão sujeitas a uma tarifa de 25%, e as provenientes da China também sofrerão uma taxa adicional de 10%, que se soma aos 10% já aplicados em fevereiro. Além disso, tarifas de 10% sobre a energia canadense também foram implementadas. Em resposta a essas medidas, o primeiro-ministro do Canadá anunciou tarifas de 25% sobre produtos dos EUA, abrangendo um montante exigido que começa em US$ 30 bilhões imediatamente e se estende a US$ 125 bilhões em um prazo de 21 dias.

Na China, o governo decidiu impor uma tarifa de 15% sobre bens americanos, como frango e algodão, e uma taxa de 10% sobre a soja a partir de 10 de março. Além disso, ampliou a lista de empresas e instituições não confiáveis.

Essas ações geraram um aumento das preocupações em relação ao impacto adverso das tarifas sobre a economia global. Analistas alertam que a guerra comercial entre os EUA e outras nações está se intensificando e, para complicar ainda mais a situação, o presidente Trump decidiu suspender o apoio militar à Ucrânia, após um tenso diálogo com o presidente ucraniano sobre gratidão e apoio.

Diante desse panorama, a presidente da Comissão Europeia declarou que a União Europeia está se preparando para aumentar significativamente seus gastos com defesa, com planos que podem mobilizar até 800 bilhões de euros. Essa abordagem visa não apenas responder à urgência de apoiar a Ucrânia, mas também garantir uma maior autonomia em relação à segurança interna da Europa a longo prazo.

Em resumo, as tensões econômicas e políticas estão criando um ambiente de incerteza que continua a influenciar os mercados financeiros. Os investidores estão vigilantes, uma vez que os desdobramentos nas relações comerciais e políticas entre nações podem afetar significativamente o cenário econômico global.

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