
Conselheiro do Corinthians Move Mais um Impeachment: O que Está Por Trás da Decisão?
A reprovação das demonstrações financeiras de 2024 levou a um novo pedido de destituição de Augusto Melo, presidente do Corinthians. O requerimento foi apresentado por Paulo Roberto Bastos Pedro, advogado e membro do Conselho de Orientação (Cori), que também faz parte da Chapa 82, que apoiou Melo nas eleições.
Paulo expressou sua decepção ao dizer que o presidente não cumpriu as promessas feitas durante a campanha. A base para o pedido de destituição está relacionada ao voto de Paulo na reunião do Cori, que sugeriu a reprovação das contas de Melo. Ele mencionou que a falta de comparecimento de Melo às reuniões e a ignorância dos recados enviados pela diretoria contribuíram para a sua insatisfação.
O relatório de 25 páginas apresentado por Paulo detalha diversas irregularidades e descumprimentos estatutários, como a ausência de documentos necessários, balancetes mensais e envio das demonstrações financeiras ao Cori. Dentre os problemas destacados, estão:
– Falta de apresentação de informações e documentos pela diretoria.
– Contratação de empresas sem o devido processo de orçamento e formalização.
– Aumento significativo nas despesas gerais e administrativas do departamento de futebol.
– Crescimento da folha de pagamento devido à contratação de novos funcionários.
– Déficit de R$ 181,8 milhões, enquanto em 2023 o clube havia apresentado um resultado positivo.
Além disso, a receita do Programa Fiel Torcedor caiu drasticamente, levando a uma redução significativa na arrecadação. A gestão fiscal de Melo foi considerada temerária em relação às normas do Profut, gerando preocupações sobre a saúde financeira do clube.
Paulo também fez críticas sobre a gestão, afirmando que parecia haver mais interesse nas contingências de exercícios anteriores do que no déficit atual. A falta de documentação de suporte para as alegações feitas pela gestão também foi um ponto levantado, reforçando a necessidade de maior transparência.
O pedido de destituição se fundamenta no estatuto do clube, que prevê a destituição por ação ou omissão que infrinja normas estatutárias, além de atos de gestão irregular. Esta é a terceira vez que um pedido similar é protocolado desde que Melo assumiu o cargo em janeiro de 2024.
Há uma investigação em andamento sobre questões administrativas e financeiras do clube, com potencial para levar a novas deliberações sobre a permanência de Augusto Melo no cargo. A situação está em processo de análise e novas votações para o afastamento podem ser agendadas a qualquer momento.