Decisão de Moraes Impacta Bolsonaro: Delação de Mauro Cid Mantida!
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na terça-feira, dia 17, o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para invalidar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, que foi seu ajudante de ordens. O ministro considerou o pedido “impertinente” e inadequado para o momento atual do processo.
A defesa de Bolsonaro argumentou que mensagens atribuídas a Cid, divulgadas em uma conta do Instagram, comprometeriam a legalidade do acordo de delação. Eles alegaram que essas mensagens indicariam que Cid havia delatado sob pressão, o que, segundo eles, tornaria os depoimentos e as evidências decorrentes do acordo nulos. No entanto, Moraes rejeitou essa linha de argumentação, afirmando que o contexto atual do processo não é apropriado para essa contestação.
No mesmo dia, o STF tornou públicas mensagens de áudio atribuídas a Mauro Cid. Essas mensagens, que mostram o tenente-coronel expressando seu descontentamento com aliados, foram incluídas nos registros do tribunal. Em uma das gravações, Cid destaca a falta de apoio que sente, mencionando a falta de defesa por parte do presidente do PL e se lamentando por se sentir isolado em meio às investigações.
Ele comparou sua situação à de outros aliados do ex-presidente, indicando que enquanto outros se estabeleceram em suas carreiras, ele foi o único a “perder tudo” devido às investigações de uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Sobre a delação, Cid assinou o acordo em 2023 no âmbito de uma investigação sobre os eventos pós-eleição de 2022. Desde então, suas declarações mudaram diversas vezes, levantando questões sobre a consistência de seus relatos. Apesar das várias mudanças, Cid, em depoimento ao STF, negou ter sido coagido a assinar o acordo, explicando que declarações sobre se sentir pressionado foram um desabafo com um amigo.
Esses eventos e declarações continuam a se desdobrar em um cenário jurídico complexo, com implicações importantes para todas as partes envolvidas. O processo segue, e novas informações podem surgir à medida que a investigação avança.
