Desastre na Argentina: Cidades submergidas e milhares de desabrigados em crise!

Enchentes Históricas na Província de Buenos Aires

Desde a última sexta-feira, chuvas intensas na região Norte da província de Buenos Aires têm causado inundações severas, forçando milhares de moradores a deixar suas casas. Esse evento se destaca como um dos mais graves episódios de chuva da história recente da Argentina, com algumas cidades registrando mais de 400 mm de chuva em um curto período.

Cidades como Zárate, Campana, Salto e Rojas estão entre as mais afetadas. Informações das autoridades locais indicam que mais de 7 mil pessoas foram evacuadas, com muitas sendo acolhidas em abrigos temporários. O governo provincial confirmou que atualmente cerca de 3.166 pessoas estão em centros de evacuação, enquanto outras 4.460 foram resgatadas ou se deslocaram voluntariamente para áreas seguras.

A situação é ainda mais crítica em Rojas, onde três pessoas estão desaparecidas após tentarem atravessar um arroio e serem arrastadas pela correnteza. Também se tem a preocupação com um idoso de 71 anos, que está desaparecido após uma viagem de carro entre San Antonio de Areco e Baradero.

No município de Campana, a situação é alarmante. Diversos bairros estão submersos, e estima-se que aproximadamente 1.600 pessoas estejam fora de suas casas. A empresa local Tenaris abriu um hotel para abrigar 90 desalojados, enquanto o CEO da companhia supervisiona a assistência aos afetados.

Em Zárate, a situação é um pouco mais estável, com algumas famílias já retornando para suas casas, apesar de a região ainda estar em alerta. Em Salto, o nível do rio local atingiu um recorde de 10,30 metros, aumentando as preocupações.

A capital, Buenos Aires, também enfrentou alagamentos, com 190 mm de chuva em apenas 30 horas, o dobro do que é esperado para todo o mês de maio. Os bairros Liniers, Mataderos, e Villa Devoto foram os mais afetados. Apesar dos estragos, o prefeito local destacou que o sistema de drenagem respondeu de maneira eficaz.

Para ajudar as cidades que sofreram com a inundação, a capital enviou equipes de resgate e mantimentos para municípios solicitantes. Estradas importantes, como as rodovias 6, 8, 9 e 12 estão interditadas devido à força da água, dificultando o acesso às áreas mais afetadas.

As operações de ajuda contam com equipes de segurança, botes e helicópteros. Autoridades, incluindo o ministro da Defesa e da Segurança, visitaram as áreas impactadas e confirmaram que todos os recursos disponíveis estão sendo utilizados para proteger a população.

Além das evacuações, há grandes preocupações com o risco de deslizamentos de terra, uma vez que o solo já está saturado e as chuvas continuam. Enquanto isso, aulas foram suspensas em muitas localidades, e as autoridades pedem que a população evite se deslocar sem necessidade.

As consequências econômicas também são alarmantes. A região é um importante polo agroindustrial, e culturas de milho e soja foram severamente impactadas. Cidades como Salto e Rojas viram suas economias locais paralisadas, com pequenos negócios sofrendo grandes perdas.

O governador local já sobrevoou as áreas afetadas e anunciou um aumento nos recursos emergenciais para os afetados, enfatizando a necessidade de um planejamento adequado para desastres naturais.

Apesar da crise, há uma forte mobilização social. Campanhas de arrecadação estão sendo organizadas, e a sociedade civil tem se mostrado solidária, arrecadando alimentos, roupas e outros suprimentos.

A Cruz Vermelha Argentina está presente nas áreas mais vulneráveis, estabelecendo pontos de atendimento e solicitando doações de itens essenciais como produtos de higiene e alimentos.

Com a promessa de um plano de assistência coordenada do governo, que incluirá apoio à reconstrução e recuperação, a população nas cidades submersas continua a enfrentar a incerteza com resiliência e esperança.

Nas ruas alagadas de Zárate, Campana e Rojas, a população aguarda ansiosamente por um alívio, enquanto as comunidades locais demonstram solidariedade diante dessa tragédia natural.

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