
Descoberta Incrível: Túmulos Egípcios Revelam a Imagem Mais Antiga da Via Láctea!
Descoberta Arqueológica Revela Imagem da Via Láctea em Caixão Egípcio
Uma importante descoberta arqueológica no Egito trouxe à tona uma imagem intrigante da Via Láctea datada de mais de 3.000 anos. O estudo envolveu a análise de 555 elementos em túmulos do período que vai de 1075 a 715 a.C., com foco no caixão de Nesitaudjatakhet, uma cantora dedicada ao deus Amon-Rá.
Na parte externa deste caixão, encontra-se a representação da deusa Nut, a entidade que simboliza o céu na mitologia egípcia. A deusa está projetada arqueada e coberta de estrelas, apresentando uma fenda escura que lembra a Grande Fenda da Via Láctea. Essa imagem é considerada a mais antiga representação visual conhecida da nossa galáxia.
O caixão foi encontrado em um local conhecido como Bab el-Gasus, em Deir Elbari, onde diversas múmias egípcias foram preservadas. Além dessa descoberta, referências semelhantes à Via Láctea estão presentes em outros túmulos de figuras importantes da história egípcia, como Seti I e Ramsés IV, o que sugere que a imagem da galáxia ocupava um lugar de relevância na cosmovisão dos antigos egípcios.
A pesquisa foi conduzida pelo astrofísico de uma universidade britânica, cujo trabalho foi publicado em uma revista especializada em história e patrimônio astronômico. A inquietação de sua curiosidade pessoal sobre a representação da deusa no caixão levou-o a investigar mais sobre o tema, especialmente porque suas filhas se mostraram fascinadas pela imagem de Nut.
Na tradição egípcia, Nut era vista como a protetora da Terra, cobrindo o céu e engolindo o Sol ao anoitecer, para então trazê-lo de volta ao amanhecer. Essa concepção estava ligada ao ciclo de vida e renovação, refletindo a importância do céu e das estrelas para os egípcios.
Além das representações artísticas, a pesquisa sugere que o termo egípcio “Corredeira Ondulante” refere-se à Galáxia, o que reforça a conexão entre os mitos e as observações astronômicas. Ele também destaca que Nut e a Via Láctea são vistas como fenômenos distintos, mas intimamente relacionados em suas visões do cosmos.
O Que é a Grande Fenda?
A Grande Fenda é uma extensa região composta por nuvens de poeira e gás interestelar, que forma uma faixa escura visível ao longo de um terço da Via Láctea. Essas nuvens absorvem a luz das estrelas distantes, criando um efeito visual que pode ser descrito como um “rasgo” no céu noturno.
Dentro dessa região, a radiação visível é bastante atenuada, mas os astrônomos podem estudar essas áreas em comprimentos de onda mais longos, como o infravermelho e ondas de rádio. Esses métodos permitem a observação de estrelas e estruturas galácticas que ficariam ocultas à luz visível.
A relação entre as antigas civilizações e as observações do céu é um testemunho da curiosidade humana e da busca por entender o universo. A descoberta da imagem da Via Láctea em um caixão egípcio é uma prova da complexidade e riqueza das crenças e conhecimentos astronômicos que marcaram a sociedade egípcia antiga.