Descubra as 19 Novas Áreas de Petróleo na Foz do Amazonas – Oportunidades Imperdíveis à Vista!

A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) anunciou na manhã do dia 17 a concessão de 19 novas áreas para exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas, localizada no Amapá. Esta região tem se tornado alvo de protestos ambientalistas e gerado discussões dentro do próprio governo.

As empresas vencedoras do leilão incluem a Petrobras, Exxon, Chevron e CNPC, que juntas pagaram um total de R$ 844 milhões em bônus de assinatura. Com isso, a área disponível para exploração na bacia aumentou de 5,7 mil para 21,9 mil quilômetros quadrados.

Esta é a primeira vez desde 2003 que áreas na bacia da Foz do Amazonas foram disponibilizadas em leilões promovidos pelo governo, uma vez que, nos últimos anos, as dificuldades para obtenção de licenças ambientais desencorajaram os investidores.

O leilão foi considerado uma oportunidade crucial para as empresas do setor, especialmente pela proximidade do vencimento de manifestações interministeriais que garantiam a licença ambiental, programadas para expirar em 18 de outubro. No total, a ANP ofereceu 47 áreas.

A Foz do Amazonas é vista como uma importante alternativa para a reposição das reservas de petróleo do Brasil, especialmente após a previsão de esgotamento do pré-sal na próxima década. A região ganhou destaque após as recentes descobertas de grandes reservas de petróleo na Guiana e no Suriname.

Durante o leilão, as áreas foram disputadas por dois consórcios; um formado pela Petrobras e Exxon, e outro pela Chevron e CNPC. O consórcio Petrobras-Exxon conseguiu arrematar dez dos blocos, mas perdeu para o concorrente em nove.

Com a adição dos novos contratos, a bacia agora possui 28 blocos ativos. Nove desses foram licitados no início dos anos 2000, incluindo o bloco 59, que esteve envolvido em discussões com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A Petrobras planeja também realizar simulações de perfuração em um dos blocos concedidos em 2003, considerando isso um passo final antes de buscar a licença ambiental para a exploração de petróleo em águas profundas na região, apesar de pareceres negativos da área técnica do Ibama.

Antes do leilão, a diretora-geral interina da ANP defendeu a exploração de novas fronteiras petrolíferas no país, mesmo diante das preocupações sobre a queima de combustíveis fósseis. Ela destacou a importância das fontes tradicionais de energia para atender à crescente demanda e sustentar o crescimento econômico.

Na véspera do leilão, protestos de organizações ambientalistas e de comunidades indígenas aconteceram, e o Ministério Público Federal do Pará tentou, sem sucesso, suspender o evento judicialmente. Uma porta-voz de uma ONG ambiental destacou que a Petrobras, ao assumir dez blocos em consórcio com a Exxon, associa-se a um projeto arriscado em termos de credibilidade ambiental.

Além das áreas da bacia da Foz do Amazonas, a ANP também leiloou um bloco exploratório na bacia do Parecis, em Mato Grosso, onde se acredita haver potencial para gás natural, arrematado pela nova participante Dillianz. A bacia do Parecis é vista como uma nova fronteira, atraindo investidores devido ao seu crescimento econômico e à falta de infraestrutura gasodutina.

Posteriormente, a ANP tentou, sem sucesso, captar interesse em blocos na bacia Potiguar, mas conseguiu conceder 11 blocos na bacia de Santos, arrecadando R$ 133 milhões em bônus de assinatura. Os vencedores foram empresas como Karoon, Shell e Equinor.

A ANP também disponibilizou três blocos na bacia de Pelotas, uma área que vem atraindo considerável interesse por suas semelhanças geológicas com regiões da costa africana que recentemente descobriram petróleo. Um consórcio entre Petrobras e Galp arrematou essas áreas por R$ 11,5 milhões.

Esse leilão marca um momento significativo no setor de petróleo e gás no Brasil, refletindo tanto as oportunidades quanto os desafios na exploração de novas reservas energéticas em um cenário de crescente conscientização ambiental.

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