
Descubra o Impacto do Novo IOF no Mercado de Previdência e Como Isso Pode Mudar Seus Investimentos!
A recente decisão do governo de implementar uma alíquota de 5% de IOF sobre aportes mensais superiores a R$ 50 mil em planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) poderá impactar significativamente o mercado de previdência privada. Essa mudança foi anunciada na quinta-feira e surge em um contexto onde o setor tem observado um crescimento expressivo.
De janeiro de 2024 a março de 2025, os investimentos em planos de previdência alcançaram quase R$ 240 bilhões, com os VGBLs representando cerca de 90% desse total. Estima-se que entre 70% e 80% das aplicações mensais eram superiores a R$ 50 mil, o que indica que a nova alíquota pode levar muitos investidores a reconsiderar onde alocar seus recursos.
Um executivo do setor, que atua em uma entidade representativa da previdência, expressou preocupação de que muitos desses investimentos precisem ser redirecionados para outras opções menos onerosas. De acordo com análises de instituições financeiras, o impacto será mais notável nas empresas que estão mais expostas a esse mercado, como BB Seguridade e Caixa Seguridade, onde a previdência representa uma parte significativa de suas receitas.
Embora essa nova regulamentação tenha como justificativa a correção de distorções no mercado de investimentos, a implementação prática ainda gera dúvidas. A alíquota de 5% foi estabelecida para evitar vantagens tributárias injustas que beneficiam grandes investidores, como aqueles que utilizam dividendos isentos nos VGBLs.
O governo mencionou que essa medida leva em consideração o fato de que os VGBLs não cobram a taxa de come-cotas e não estão sujeitos ao imposto sobre herança, além de possuírem uma alíquota regressiva que pode ser bastante vantajosa. Em 2022, muitos investidores já haviam se voltado para esses planos, buscando alternativas diante de mudanças em outros produtos que passaram a ter a cobrança da come-cotas.
No entanto, o limite de R$ 50 mil traz incertezas, principalmente sobre como será a administração dessa nova taxa. Por exemplo, aportes superiores a esse valor feitos por um mesmo CPF serão taxados, independentemente da instituição onde o investimento é realizado. Isso levanta questões sobre quem será responsável pelo recolhimento do IOF, já que, em algumas situações, vai ser difícil para o investidor cumprir com essas obrigações fiscais.
Algumas instituições financeiras já começaram a restringir aportes superiores a R$ 50 mil em suas plataformas digitais. Para realizar esse tipo de investimento, os clientes precisam ter uma conversa com seus gerentes, que poderão explicar melhor as novas regras tributárias.
Essa situação reflete um cenário de mudança no setor de previdência, onde os investidores e as instituições financeiras precisarão se adaptar rapidamente para entender e navegar as novas exigências. O patrimônio total dos planos VGBL soma R$ 1,3 trilhão, com os principais players de mercado sendo Banco do Brasil, Bradesco e Itaú. A forma como esses ajustes serão implementados e aceitos pelo mercado ainda está em aberto, mas certamente vai gerar um novo dinamismo na forma como os brasileiros planejam sua previdência.