O Palmeiras vive um momento desafiador dentro de campo, refletido em suas últimas partidas. Em um jogo contra o Red Bull Bragantino, Allan teve a oportunidade de marcar, mas seu chute cruzado bateu na trave. No rebote, Estêvão, com o gol aberto, mandou a bola para fora. Com isso, o Alviverde terminou a partida sem um único chute a gol. Já em um Dérbi, também nos acréscimos, Estêvão perdeu um pênalti, frustrando a chance do Palmeiras em vencer, mesmo depois de ter jogado por mais de 30 minutos com um jogador a mais.
Essas situações refletem uma fase atípica para os torcedores, já que, sob a direção de Abel Ferreira, o time é conhecido por lutar até o fim e conquistar resultados difíceis. Essa crença inabalável é um dos pilares do trabalho do treinador.
A reestruturação do clube teve início em 2013, sob a presidência de Paulo Nobre. Essa fase foi essencial para superar a crise causada pela gestão anterior, que resultou no rebaixamento do time. O novo ciclo trouxe mudanças significativas, incluindo a publicação de “A bola não entra por acaso”, de Ferran Soriano, que aborda a gestão de clubes de futebol, indo além do jogo em si.
Desde então, o Palmeiras passou por uma transformação em diversas áreas, incluindo o departamento profissional e a base. Depois de Paulo Nobre, Maurício Galiotte assumiu a presidência por cinco anos, e Leila Pereira está iniciando seu quarto ano no cargo. A trajetória do clube, até agora, mostra mais conquistas do que fracassos, mas o cenário atual exige uma profissionalização em setores essenciais.
A situação fica mais complexa ao se considerar a dificuldade do clube em negociar jogadores e em encontrar novos talentos. A falta de um centroavante e a gestão da camisa 10, que tem um salário elevado, levantam questões sobre a eficácia da administração atual. Além disso, a dificuldade em firmar parcerias no marketing e a necessidade de receita adicional são outros pontos que precisam ser abordados.
Como enfatizado por Soriano, fatores externos também influenciam no desempenho do time em campo. O início de 2024 e a atual temporada destacam a necessidade de uma conexão mais forte entre as áreas do clube que, embora não atuem diretamente na partida, são fundamentais para evitar que lances importantes terminem frustrados. Assim, o Palmeiras precisa encontrar um equilíbrio e uma gestão eficaz para voltar aos trilhos e reencontrar seu caminho rumo às vitórias.
