Despedida do Papa Francisco: A Verdadeira Luta pela Vida aos 88 Anos

O Papa Francisco faleceu na manhã desta segunda-feira (21), às 2h35 (horário de Brasília), aos 88 anos. Jorge Mario Bergoglio, que se tornou o primeiro papa latino-americano em 2013, liderou a Igreja Católica por 12 anos. Seu papado foi caracterizado por um forte compromisso com o diálogo inter-religioso, a inclusão de minorias e a defesa dos mais pobres e marginalizados.

Em um comunicado oficial, o Vaticano expressou: "O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Sua vida foi dedicada ao serviço de Deus e da Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com amor e coragem, especialmente em relação aos mais necessitados."

Desafios de Saúde do Papa Francisco

Nos últimos meses de vida do Papa Francisco, sua saúde enfrentou sérios desafios. Em 14 de fevereiro, ele foi hospitalizado com um quadro de infecção respiratória grave, que se desdobrou em uma internação de quase 40 dias. O pontífice lidou com momentos críticos que preocuparam a todos. Ele recebeu alta em 23 de março, mas os médicos já previam uma recuperação lenta, exigindo acompanhamento contínuo.

Recentemente, foi relatado que ele havia reduzido o uso de oxigênio suplementar e estava se recuperando com fisioterapia, mas sua condição ainda exigia vigilância cuidadosa. Durante sua internação, o Papa enfrentou um quadro complicado de bronquite que evoluiu para uma infecção polimicrobiana, uma condição em que diversos microrganismos atuam em conjunto, comprometendo a saúde do paciente.

Infecção Polimicrobiana e Sintomas

A infecção polimicrobiana, que afetou o Papa, geralmente ocorre como resultado de outras infecções e é mais comum em indivíduos com o sistema imunológico debilitado. Esse tipo de infecção pode envolver bactérias, vírus e fungos. Entre os microrganismos frequentemente envolvidos estão o Streptococcus pneumoniae e o vírus da gripe, que podem gravemente afetar a saúde respiratória, especialmente de pessoas idosas.

Os sintomas da infecção polimicrobiana respiratória podem ser graves e incluem febre, tosse persistente, dificuldade para respirar, fadiga intensa e dor no peito. No caso do Papa, a presença de bronquite crônica intensificava esses sintomas, tornando a situação ainda mais delicada.

Histórico de Saúde

O Papa Francisco teve um histórico de problemas de saúde nos últimos anos. Em sua juventude, enfrentou pleurisia, que resultou na remoção de parte de um dos pulmões. Em julho de 2021, passou por uma cirurgia para a remoção de parte do cólon devido à diverticulite. Em março e junho de 2023, ele foi hospitalizado por dificuldades respiratórias e passou por outra operação abdominal.

Apesar das limitações físicas, como a necessidade de cadeira de rodas devido a dores no joelho e costas, o Papa permaneceu ativo e continuou a se envolver em suas funções papais. Ele foi visto fazendo aparições públicas, como a bênção pascal na Praça de São Pedro, onde fez um gesto de aceno à multidão e pediu a um ajudante que lesse seu discurso.

A trajetória do Papa Francisco foi marcada por um papel importante na promoção da paz e do entendimento entre culturas e religiões, sempre defendendo o acolhimento e a solidariedade.

Este legado de diálogo e compaixão será lembrado por muitos, uma vez que ele dedicou sua vida à mensagem do amor e da esperança. A comunidade católica e o mundo em geral lamentam a sua partida e celebram os ensinamentos que deixou.