Desvendando o Mundo das Camisas Piratas: Clubes se Mobilizam para Proteger R$ 9 Bilhões!

Após o retorno de Neymar ao Santos, o clube criou um “Departamento de Planejamento e Assuntos Estratégicos”. Esse novo setor tem como objetivo proteger a economia do clube, focando em ativos como produtos licenciados, materiais esportivos e direitos de transmissão. A decisão seguiu a significativa repercussão da volta do jogador, que trouxe mais de 10 milhões de seguidores em 2025 e impulsionou quase 30 mil adesões ao programa de sócios.

A questão da pirataria no Brasil é alarmante. De acordo com estudos recentes, a pirataria gerou um prejuízo de R$ 500 bilhões para a economia nacional no último ano, com 37% das camisas de times de futebol sendo falsificadas, resultando em uma perda de R$ 9 bilhões para os clubes em 2022. Para Marcelo Teixeira, presidente do Santos, a criação do novo departamento é uma medida essencial. “Estamos comprometidos em proteger nossos ativos e enfrentar a pirataria, que desvaloriza os produtos originais e prejudica o clube”, destaca Teixeira.

Outros clubes também estão adotando estratégias para lidar com a pirataria. O Internacional, por exemplo, já há mais de 15 anos atua em parceria com especialistas para combater a reprodução ilegal de seus produtos. Com o aumento das vendas de camisas falsificadas nas redes sociais e em plataformas de e-commerce, o foco da equipe aumentou na identificação e remoção de páginas que comercializam itens piratas.

A Volt Sport, fornecedora de material esportivo que atende mais de 10 clubes, firmou uma parceria com um escritório de advocacia especializado em monitoramento e combate à pirataria através de tecnologia de inteligência artificial. Fernando Kleimmann, diretor da Volt Sport, enfatiza a importância de investir em mecanismos de proteção para garantir um mercado mais justo.

Além disso, a Volt Sport lançou uma linha de produtos acessíveis, conhecida como “POP”, em colaboração com o Fortaleza, para facilitar o acesso dos torcedores a itens oficiais. Rafael Ximenes, diretor comercial do Fortaleza, ressaltou que essa iniciativa visa oferecer qualidade a preços mais competitivos, ajudando a combater a pirataria.

O Sport Recife também tem se mobilizado intensamente contra a pirataria, estabelecendo uma parceria com a Valinke para proteger sua marca no ambiente digital. A colaboração resultou em ações eficazes, incluindo a remoção de milhares de produtos piratas da internet. O vice-presidente executivo do Sport, Raphael Campos, destacou a combinação de tecnologia e análise em tempo real como essencial para o sucesso da estratégia.

Por fim, especialistas enfatizam a importância da conscientização dos torcedores sobre as consequências da compra de produtos falsificados. Fábio Wolff, consultor no setor esportivo, aponta que educar o público é fundamental para reduzir a demanda por itens piratas e preservar a integridade das marcas dos clubes. Essa conscientização reforça a relação entre torcedores e clubes, promovendo um ambiente mais saudável para o esporte.

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