Dólar despenca para R$ 5,48: a menor cotação em meses e o que isso significa para você!

O dólar encerrou a segunda-feira em uma queda significativa em relação ao real, ficando abaixo dos R$5,50 pela primeira vez em 2025. Essa desvalorização acontece em um contexto de queda mundial da moeda americana, enquanto os investidores reagem aos desdobramentos do conflito entre Israel e Irã e se preparam para decisões importantes de bancos centrais nesta semana.

No fechamento do dia, o dólar à vista apresentou uma baixa de 0,98%, cotando-se a R$5,4871. Esse é o menor valor desde 7 de outubro do ano passado, que também notou uma queda para R$5,4865. A divisa acumula uma desvalorização de 11,20% em 2025.

Na B3, o dólar para julho, que é uma das opções mais negociadas no Brasil, apresentava uma queda de 1,16%, cotando a R$5,5040.

Cotação do Dólar Comercial e Turismo

  • Dólar Comercial:

    • Compra: R$5,487
    • Venda: R$5,487
  • Dólar Turismo:
    • Compra: R$5,541
    • Venda: R$5,721

O dia começou com notícias positivas sobre as vendas do varejo na China, que cresceram 6,4% em maio em comparação com abril, superando as expectativas de 5,0%. A produção industrial também teve alta de 5,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, embora tenha ficado abaixo da expectativa de 5,9%. Esses dados trouxeram um certo alívio e força a várias moedas de países exportadores de commodities, especialmente em um momento de queda nos preços do petróleo, que caíram cerca de 2% no mercado internacional.

Os investidores também estavam atentos às novas informações sobre o conflito entre Israel e Irã, com rumores de que o Irã estaria buscando um cessar-fogo, fatos que influenciam o clima financeiro global.

Durante o dia, a cotação do dólar variou entre R$5,5385 e R$5,4856, mostrando um dia amplamente negativo para a moeda americana no Brasil. Segundo especialistas, a queda do dólar foi impulsionada por dados fracos da indústria dos EUA e indicadores positivos da China, além da redução nos preços do petróleo, criando um cenário favorável ao aumento do apetite por risco entre os investidores.

Os investidores também se preparam para a chamada “Super-Quarta”, quando o Federal Reserve e o Banco Central do Brasil anunciarão suas decisões sobre as taxas de juros. O mercado avalia a possibilidade de um aumento de 25 pontos-base na Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Essa expectativa torna o Brasil mais atrativo para o capital externo, contribuindo para a diminuição da cotação do dólar.

No mercado internacional, o dólar continuou em queda no final da tarde, com o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda em relação a um conjunto de seis divisas, caindo 0,15%, para 98,129.

Além disso, o Banco Central do Brasil realizou a venda total de 35.000 contratos de swap cambial tradicional em sua operação de rolagem diária. Em outra operação, foram vendidos US$1 bilhão em dois leilões de linha, que consistem na venda de dólares com a promessa de recompra, também com o objetivo de rolagem.

Em resumo, a desvalorização do dólar diante do real e das principais moedas internacionais reflete não apenas condições locais, mas também um panorama global em transformação, onde fatores econômicos e geopolíticos estão moldando o comportamento do mercado cambial.

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