Dólar despenca para R$ 5,64 após alta de 1%: O que mudou com a nova taxa de IOF?

O mercado cambial apresentou movimentações interessantes na última sexta-feira, com o dólar à vista, que chegou a subir mais de 1% pela manhã, finalizando o dia com uma leve queda de 0,24%, cotado a R$5,6473. Esse desvio se deu em meio a ajustes técnicos, especialmente após o governo federal reverter parte das medidas relacionadas ao aumento do IOF em operações de câmbio.

Ainda no contexto nacional, a queda do dólar foi influenciada pelo cenário internacional, onde a moeda americana perdeu força em relação a várias outras divisas. Isso ocorreu em decorrência de novas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos à União Europeia.

Cotação do Dólar

Atualmente, a cotação do dólar comercial é a seguinte:

  • Compra: R$5,647
  • Venda: R$5,647

Em relação ao dólar turismo:

  • Venda: R$5,684
  • Compra: R$5,864

Na B3, o dólar para junho, que é o mais líquido, mostrou uma queda ainda mais acentuada, de 1,93%, cotado a R$5,6520.

Mudanças nas Medidas do IOF

Na véspera, o dólar havia fechado em alta de 0,35%, quando investidores reagiram negativamente ao anúncio de aumento do IOF, que impactaria empresas, operações de câmbio e previdência privada, com arrecadação prevista de R$20,5 bilhões em 2025 e R$41 bilhões em 2026. O governo pretendia isso como parte de um plano para atingir a meta fiscal de déficit zero neste ano.

No entanto, uma reviravolta ocorreu, pois o governo decidiu recuar em algumas dessas medidas, o que pode diminuir a expectativa de arrecadação em cerca de R$6 bilhões até 2026. A nova diretriz foi divulgada na manhã de sexta-feira, por meio de um decreto no Diário Oficial.

Reação do Mercado

O ministro da Fazenda explicou que as alterações foram feitas para evitar especulações que poderiam prejudicar a imagem do governo e desincentivar investimentos. Especialistas comentaram que a reação do mercado não se deve apenas ao conteúdo das medidas, mas também à forma como foram apresentadas.

Foi destacado que a comunicação da decisão fiscal foi mal conduzida, levando a uma interpretação negativa do mercado, que sentiu que o aumento do IOF poderia resultar em controle excessivo sobre a fluxuação de dólares no país.

A correção de rumo foi vista como positiva por analistas, que ressaltaram a importância de transmitir uma mensagem clara aos investidores, especialmente os estrangeiros, sobre a estabilidade do ambiente fiscal e as possibilidades de mudanças repentinas nas alíquotas fiscais, que poderiam desencorajar novos investimentos.

Cenário Internacional

Do lado internacional, o clima também era tenso, especialmente com as novas declarações do presidente dos Estados Unidos sobre tarifas que poderiam ser impostas à Apple e à União Europeia. A política comercial dos EUA tem sido um fator crucial nas decisões de investimento, gerando preocupações sobre uma possível recessão global.

Os analistas também estão alerta em relação às questões fiscais nos EUA, especialmente após a aprovação de propostas que poderiam aumentar a dívida do país em trilhões de dólares.

Em resumo, os últimos desenvolvimentos no mercado cambial refletem uma combinação de fatores locais e globais que influenciam a percepção dos investidores, ressaltando a importância do cenário econômico para o desempenho da moeda.

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