
Egito Revela: Países Árabes Apresentam Nova Estratégia Inovadora para Reconstruir Gaza!
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, anunciou recentemente que os países árabes aprovaram um plano para a reconstrução da Faixa de Gaza, que foi severamente afetada por conflitos recentes. Essa decisão foi tomada durante uma cúpula extraordinária da Liga Árabe realizada no Cairo, cujo objetivo foi discutir soluções alternativas às propostas do governo dos Estados Unidos, que incluem o deslocamento permanente da população palestina.
O plano apresentado pelos países árabes tem um custo estimado em cerca de US$ 53,2 bilhões e será compartilhado com as autoridades americanas nas próximas semanas. Uma das ideias centrais é a criação de uma governança palestina independente, que substituiria a administração do grupo Hamas, que atualmente controla a região. Essa governança proposta seria composta por um comitê tecnocrático, sem vínculos com facções palestinas, que atuaria sob a supervisão da Autoridade Nacional Palestina, responsável pela Cisjordânia.
Na abertura da cúpula, Sissi enfatizou que seu plano visa garantir que os palestinos permaneçam em suas terras, uma condição amplamente aceita entre os países da região. Entretanto, existem diversas questões que precisam ser abordadas, como a segurança em Gaza e o futuro do Hamas, que ainda geram divergências entre os líderes regionais.
O esboço do plano sugere que, inicialmente, 1,5 milhão de palestinos possam ser alojados em habitações temporárias enquanto as complexas tarefas de remoção de escombros e reconstrução se iniciam. Este processo envolveria a criação de forças policiais palestinas, com treinamento fornecido pelo Egito e pela Jordânia, para garantir a segurança da região.
Por outro lado, as divergências não se restringem apenas à governança e à segurança. Apesar do apoio inicial à proposta, várias nações expressaram preocupações sobre a remoção do Hamas do poder, um ponto que é considerado essencial para muitos, especialmente para os Estados Unidos.
Os líderes árabes, durante a cúpula, reafirmaram sua disposição para engajar os Estados Unidos e outros parceiros internacionais com o objetivo de retomar as negociações de paz e trabalhar para o fim da ocupação israelense, buscando estabelecer um Estado palestino soberano. Eles enfatizaram a rejeição a qualquer forma de deslocamento da população palestina, pedindo um apoio internacional significativo para a implementação do plano.
A proposta de reconstrução será desenvolvida em três fases distintas. A primeira fase, com um orçamento de US$ 3 bilhões, focará na remoção de escombros e na construção de moradias temporárias. A segunda fase, com um custo estimado em US$ 20 bilhões, se concentrará na implementação de serviços públicos e na construção de novas residências. A terceira fase, prevista para custar US$ 30 bilhões, será voltada para a finalização da habitação da população e a criação de infraestrutura para suportar a economia local, incluindo portos e um aeroporto.
No entanto, a possibilidade de um retorno aos combates entre Israel e Hamas representa um grande obstáculo para qualquer projeto de reconstrução. Recentemente, Israel suspendeu a ajuda humanitária a Gaza, gerando críticas de mediadores árabes. O Hamas, por sua vez, expressou apoio à cúpula e ao plano proposto pelo Egito, afirmando que isso poderia abrir caminhos para um alinhamento mais forte entre os países árabes em prol da causa palestina.
As discussões em torno do plano ainda estão longe de serem concluídas. Observadores notam que, para ter sucesso, o plano precisaria atender às preocupações de segurança de Israel e ser defendido por países aliados significativos dos EUA na região, como Egito, Jordânia, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Se esses países se unirem em torno do plano, isso poderia forçar um reconsideração por parte do governo americano e outros atores internacionais.
O futuro da Faixa de Gaza permanece incerto, mas as iniciativas para reconstruir e garantir a segurança da região continuarão a ser pontos centrais nas agendas dos líderes árabes e da comunidade internacional.