El Salvador sugere troca surpreendente: Maduro pode liberar ‘presos políticos’ em troca de deportados!

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, fez uma proposta ao seu homólogo da Venezuela, Nicolás Maduro, visando a troca de cidadãos deportados. Ele sugeriu que os 252 venezuelanos que foram deportados dos Estados Unidos e estão atualmente encarcerados em seu país sejam trocados pelo mesmo número de “presos políticos” que o governo venezuelano mantém.

Bukele, que tem se alinhado às políticas do governo americano em relação à imigração, destacou em suas redes sociais que a proposta é um “acordo humanitário.” Ele enfatizou que todos os venezuelanos sob custódia em El Salvador foram detidos como parte de operações de combate a gangues, como o Tren de Aragua, enquanto que, segundo ele, seu país não possui “presos políticos.”

Na lista que Bukele apresentou sobre os “presos políticos” na Venezuela, ele incluiu nomes de personalidades como Rafael Tudares, genro de Edmundo González, e o jornalista Roland Carreño. Ele também mencionou a advogada e ativista Rocío San Miguel, além de outros dirigentes políticos que estão asilados na embaixada da Argentina.

Esse intercâmbio entre um grupo de deportados e os prisioneiros na Venezuela vem à tona em um contexto onde a política de deportação dos Estados Unidos se intensificou. Recentemente, a administração americana fez uso de uma legislação antiga para prender e deportar venezuelanos e salvadorenhos, acusando-os de vínculos com organizações criminosas.

Os deportados têm sido levados a um Centro de Confinamento do Terrorismo, uma prisão de segurança máxima em El Salvador, considerada uma das maiores na América Latina. No entanto, a atual situação enfrenta obstáculos legais: recentemente, a Suprema Corte dos Estados Unidos suspendeu temporariamente as deportações de migrantes venezuelanos para El Salvador e ordenou que facilitassem o retorno de um migrante salvadorenho que havia sido deportado erroneamente.

O governo americano admitiu um erro administrativo no caso desse migrante, que tinha proteção legal desde 2019. Apesar disso, a administração atual tem se mostrado relutante em resolver a situação, alegando jurisdição sobre o caso.

Bukele, visto como um forte aliado na América Latina do governo americano, expressou claramente que considera inadequada a deportação de indivíduos que qualificam como “terroristas” para os Estados Unidos.

Essa proposta de Bukele ressalta não apenas as tensões políticas entre El Salvador e a Venezuela, mas também o impacto das políticas de imigração dos Estados Unidos na região e as complicações que surgem nesse cenário complexo. Enquanto isso, a Igreja Católica e outras entidades continuam a observar de perto as condições e implicações dessas políticas para a segurança e os direitos humanos na América Central.

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