
Emocionante homenagem de irmã Geneviève a Francisco: ‘Ele sempre será meu irmão!’
A irmã Geneviève Jeanningros, da ordem das Irmãzinhas de Jesus, voltou a prestar uma sentida homenagem ao Papa Francisco, cuja imagem se tornou viral no dia da sua trasladação, quando a irmã foi vista chorando em respeito ao líder religioso. Com sua mochila verde, sapatos desgastados e um véu azul que combinava com seus olhos intensamente azuis, ela se integrou à multidão de 128 mil fiéis e peregrinos que se dirigiam à Basílica Vaticana para prestar suas últimas homenagens.
Ao lado dela estava Laura Esquibel, uma parceira simpática do Paraguai, que compartilha lembranças preciosas do Papa. Ela foi a primeira mulher transexual a conhecer Francisco, com quem almoçou em várias ocasiões. A religiosa recorda que o Papa frequentemente a elogiava, especialmente por seus pastéis, que ela costumava enviar a ele.
Geneviève é conhecida por sua generosidade e por seu trabalho pastoral com circenses, ciganos e grupos marginalizados. Francisco a respeitava muito e costumava ligar para oferecer apoio emocional e até mesmo fazer brincadeiras carinhosas. Durante uma visita a um parque, ele a indagou brincando se ela trabalhava com leões. Em outra ocasião, notando um curativo em seu braço, ele fez uma piada ao perguntar se o chão havia se machucado ao cair.
No dia da trasladação do corpo do Papa, uma imagem comovente dela surgiu nas redes sociais: quebrando o protocolo, a irmã se afastou para chorar em particular, demonstrando a profunda conexão que tinha com o Papa, a quem considerava um amigo e irmão. Quando questionada sobre seu momento de tristeza, Geneviève preferiu não comentar, dizendo: “Não aguento”. Apesar dos pedidos por entrevistas, ela se manteve reservada, visivelmente emocionada.
Em um momento delicado durante a cerimônia, ela se permitiu compartilhar um breve depoimento, manifestando seu amor e admiração por Francisco. “Eu gostava muito dele. Sentirei falta de seus olhos, de seu olhar”, afirmou, lembrando do apoio moral que recebeu durante sua vida. “Ele era um pai, um irmão, um amigo. A comunidade está triste com sua partida.”
Na manhã seguinte, Geneviève se aproximou do caixão do Papa para rezar e fez um gesto carinhoso ao enviar um beijo. “Muitas pessoas me disseram: quando você for ver o Papa, leve-nos com você. Eu confiei a todos a ele”, destacou, reforçando seu papel como intermediária dos sentimentos de muitos.
As lembranças e a gratidão da irmã Geneviève por Francisco retratam não apenas o impacto que ele teve em sua vida, mas também como sua liderança tocou o coração de muitos ao redor do mundo. A sua presença será sempre lembrada com afeto e respeito por aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo.