
Erika Hilton e Vieira: Tudo o que Você Precisa Saber Sobre o Visto dos EUA!
A administração de Donald Trump trouxe mudanças significativas no entendimento de gênero nos Estados Unidos, logo após sua posse em janeiro. Um dos primeiros atos do presidente foi afirmar que a política oficial do país reconheceria apenas dois gêneros: masculino e feminino. Essa declaração gerou uma série de alterações em documentos internos do governo.
Uma nova ordem executiva determinou que o reconhecimento de gênero não poderia mais ser baseado na autodeclaração de indivíduos. Ao invés disso, a administração estabeleceu que os gêneros são considerados “imutáveis desde o nascimento”. De acordo com a perspectiva apresentada, os gêneros seriam definidos com base na diferença entre as células reprodutivas da biologia: a “grande célula reprodutiva”, que representaria o feminino, e a “pequena célula reprodutiva”, que representaria o masculino.
Um exemplo de descontentamento com essa política veio da diplomata Hilton, que compartilhou nas redes sociais que estava registrada como mulher em sua certidão de nascimento. Ela argumentou que as novas diretrizes do governo desconsideravam documentos oficiais emitidos por outros países, desconsiderando até mesmo o status diplomático de pessoas que já tinham seu gênero definido de acordo com as normas de suas nações.
Hilton tinha planos de viajar aos Estados Unidos para participar da Brazil Conference, um evento que reúne a comunidade brasileira da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). No entanto, diante das novas diretrizes e da incerteza sobre o reconhecimento de seu gênero, ela decidiu não comparecer ao evento.
Essas decisões, que impactam diretamente a vida de muitas pessoas, levantam discussões sobre a inclusão e os direitos de identidade de gênero, refletindo um momento crítico nas políticas de reconhecimento de gênero nos Estados Unidos.