
Escândalo: Associação Frauda INSS e Recluta 1.500 Aposentados por Hora!
Uma recente investigação revelou um esquema abrangente de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo a filiação indevida de aposentados. Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) destacou que a Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas da Nação (Abapen) foi responsável por um número alarmante de filiações, chegando a cadastrar 1.569 aposentados por hora, totalizando impressionantes 12.554 filiações por dia.
No documento, foram identificadas dez entidades e sindicatos com práticas questionáveis em relação à inclusão de descontos associativos. A quantidade de filiações por hora variou entre 778 e 1.569, conforme demonstrado na tabela a seguir, que destaca algumas dessas organizações:
- Abapen: 1.569 filiações por hora
- CAAP (Caixa de Assistência dos Aposentados e Pensionistas do INSS): 1.351 filiações por hora
- CBPA (Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura): 1.174 filiações por hora
- ABSP (Associação Brasileira dos Servidores Públicos): 1.019 filiações por hora
- Cebap (Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas): 901 filiações por hora
- Master Prev (Associação de Clube de Benefícios): 879 filiações por hora
- Abrasprev (Associação Brasileira dos Contribuintes do Regime Geral da Previdência Social): 869 filiações por hora
- Anddap (Associação Nacional de Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas): 849 filiações por hora
- Ambec (Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos): 846 filiações por hora
- AAPB (Associação dos Aposentados e Pensionistas Brasileiros): 778 filiações por hora
A CGU também observou que houve descontos de beneficiários de todas as 27 unidades da Federação, o que levanta preocupações sobre a abrangência do problema. Um ponto notável do relatório é que a maior parte dos filiados de seis das dez entidades está localizada em estados diferentes daqueles em que as instituições estão sediadas.
Além disso, o relatório apontou que as entidades não apresentaram documentação adequada para comprovar sua capacidade operacional em relação ao grande número de associados. Essa falta de comprovação foi notada tanto na formalização dos Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS quanto em solicitações feitas pela CGU.
A CGU observou também que o INSS não possui a competência técnica necessária para verificar a autenticidade dos documentos apresentados pelas entidades. O INSS admitiu que, por confiar na boa fé das associações e sindicatos, se baseou na validade das assinaturas digitais para aprovar os descontos.
Em resposta às descobertas, o INSS anunciou a suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica com essas entidades, bem como a devolução do dinheiro não justificado. Essa ação demonstra um esforço para combater fraudes e garantir que os recursos do INSS sejam utilizados de forma correta e transparente.
Essas revelações sublinham a importância de uma supervisão rigorosa das práticas das entidades associativas e a necessidade de uma gestão mais eficaz dos recursos públicos, com o objetivo de proteger os direitos dos aposentados e pensionistas. A situação destaca ainda a urgência de fortalecer os mecanismos de fiscalização para evitar que fraudes semelhantes ocorram no futuro.