Escândalo em Brasília: PF Investiga Bolsonaro e Assessores em Caso de Espionagem Ilegal!

A Polícia Federal do Brasil indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, em um inquérito que investiga o uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem de adversários políticos e disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral. A investigação começou após a revelação de que a Abin havia adquirido um software de monitoramento que permitia rastrear a localização de indivíduos em todo o país.

O termo “Abin paralela” foi utilizado para descrever a estrutura clandestina que operava dentro da agência. Até o momento, mais de 30 pessoas foram indiciadas, incluindo membros da gestão atual da Abin, que foram nomeados durante o governo anterior. Esses indivíduos ocupam cargos de destaque, como o diretor-geral da Abin e outros delegados da Polícia Federal.

Tanto Bolsonaro quanto Ramagem não comentaram sobre o indiciamento, mas já negaram previamente a existência de uma estrutura paralela e qualquer envolvimento em atividades de espionagem ilegal. A Abin, por sua vez, tem se colocado à disposição das autoridades e esclarece que os incidentes investigados ocorreram em gestões anteriores.

De acordo com a Polícia Federal, a estrutura paralela produziu dossiês de forma ilícita e divulgou notícias falsas sobre diversas figuras públicas, incluindo juízes, servidores públicos e jornalistas. Além disso, foram monitorados clandestinamente milhares de cidadãos, assim como autoridades dos três poderes.

As investigações indicam que essa operação foi dirigida por Ramagem, a pedido de Bolsonaro, utilizando ferramentas que permitiam coletar dados de celulares, como a última localização conhecida de uma pessoa. Os alvos da espionagem incluíam presidentes do Supremo Tribunal Federal e líderes políticos relevantes, além de candidatos à presidência.

Entre os indiciados estão também membros da cúpula da Abin, que atuaram durante a gestão de Ramagem. A polícia ressalta que a Abin monitorou ilegalmente indivíduos críticos ao governo e adversários em geral, incluindo aqueles que se opuseram a políticas adotadas durante o governo Bolsonaro. Um caso notável envolve o ex-deputado Jean Wyllys, que teria sido alvo de vigilância através do programa de monitoramento.

Houve também indícios de que servidores de órgãos ambientais e de segurança foram monitorados, o que levanta preocupações sobre o uso inadequado de ferramentas do governo para perseguir opositores. A Polícia Federal investiga as reminiscências dessa estrutura paralela em conexão com outras atividades ilegais, como tentativas de golpe e ataques ao sistema eleitoral.

Os investigadores encontraram evidências de que a Abin utilizou a tática de “cercamento”, que permitia mapear uma área e rastrear movimentações de alvos nesse espaço. Além disso, a análise indicou acessos intensos ao sistema de monitoramento durante períodos eleitorais, sugerindo um direcionamento nas investigações com foco em certos grupos e indivíduos.

As apurações também revelaram que a Abin esteve envolvida em monitoramentos na cidade do Rio de Janeiro, com alegações de que isso seria para combater o tráfico de drogas, mesmo que não tenha sido aplicado em áreas dominadas por organizações criminosas. O contexto político e social em que esses eventos ocorreram levanta questões sobre a privacidade e a segurança no Brasil.

Essas investigações estão em andamento e visam esclarecer como a estrutura de espionagem foi utilizada para fins políticos, como a preservação do poder em meio a desafios eleitorais e adversidades sociais. O impacto dessa situação continua a ser avaliado, à medida que novos detalhes surgem.

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