Escândalo Revelado: Diretor da Abin Propõe ‘Intervenção’ em Corregedoria Após Denúncias de Estrutura Paralela!
Um servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) prestou depoimento à Polícia Federal (PF) no qual afirmou que o diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Corrêa, propôs uma “intervenção” na corregedoria durante uma investigação sobre uma suposta estrutura paralela de espionagem dentro da agência, período marcado pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O agente destacou que a reclamação de Corrêa foi feita enquanto ele e um servidor da corregedoria colaboravam com a PF.
Essas informações vieram à tona durante um depoimento realizado em 26 de janeiro do ano passado, logo após a PF ter realizado uma operação na sede da Abin, com busca e apreensão de documentos relacionados às investigações. O diretor-geral Corrêa foi intimado a prestar depoimento, o que ocorreu em seguida, e uma das questões investigadas envolve a possível obstrução das investigações. O ex-diretor adjunto da Abin, Alessandro Moretti, também foi convocado para depor.
No relato à PF, o servidor mencionou que participou de uma reunião com Corrêa e outros membros da Abin em que discutiram a operação e a necessidade de emitir uma nota oficial sobre o assunto. Corrêa, segundo ele, expressou desgosto e frustração, sugerindo que deveria haver uma intervenção na corregedoria, que na ocasião estava colaborando com a PF. O servidor também indicou que Corrêa reclamou em outros momentos sobre o acesso a dados da corregedoria e mencionou que a Controladoria-Geral da União (CGU) estava frequentemente solicitando informações à Abin.
De acordo com o depoimento, a reunião teve como objetivo discutir a posição da Abin em relação à operação realizada. Na data da operação, foi publicada uma declaração da agência, afirmando seu interesse em clarear os fatos e sua disposição para colaborar com a investigação.
Em documentações relacionadas ao caso, a PF apontou que ações da direção atual da Abin poderiam ter interferido na condução da investigação. Relatos indicam que houve um clima de descontentamento entre os investigados sobre o andamento do inquérito, resultando em tentativas de criar estratégias para contornar a situação.
Por fim, é importante ressaltar que o trabalho da PF continua em andamento, com o foco na apuração dessas alegações e na determinação dos fatos. O inquérito é uma parte essencial da busca pela verdade no que diz respeito às operações de inteligência e à conduta das instituições envolvidas. A investigação visa esclarecer a natureza da atuação da Abin durante o governo anterior e sua interação com outras entidades governamentais.
