
Hugo Motta Sob Pressão: Oposição Exige Respostas sobre o Polêmico Caso Ramagem!
A oposição está solicitando uma resposta formal do presidente da Câmara, Hugo Motta, ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao deputado Alexandre Ramagem. Porém, os parlamentares reconhecem que pode ser difícil agir rapidamente. Eles expressam incertezas sobre quais caminhos jurídicos seguir e relatam que a atividade política em Brasília está limitada, o que complica as articulações.
Recentemente, a Primeira Turma do STF tomou a decisão de anular parcialmente uma deliberação da Câmara sobre Ramagem, permitindo que ele não responda por crimes de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado durante o restante de seu mandato. No entanto, continuam a tramitar normalmente processos que envolvem possíveis violações à democracia, como golpe de Estado e organização criminosa.
Na Câmara, a maioria dos deputados já havia aprovado a suspensão das ações penais contra Ramagem no contexto do inquérito que investiga um suposto golpe. Hugo Motta ressaltou que essa decisão contou com o respaldo de mais de 300 deputados e afirmou que estão trabalhando para definir a posição da Câmara.
Há também discussões no Partido Liberal sobre a possibilidade de pressionar a Mesa Diretora a recorrer ao STF, mas há uma percepção de que isso pode não ser viável juridicamente. Essa situação deixou alguns membros da oposição em uma posição desfavorável, dificultando a articulação de uma resposta coletiva.
Adicionalmente, o PL está considerando aplicar a mesma estratégia utilizada no caso de Ramagem para outros deputados que enfrentam processos judiciais, como Juscelino Filho, ex-ministro das Comunicações, e Carla Zambelli, que é ré no STF por incidentes relacionados a uma arma em público.
Entretanto, os líderes do PL buscam garantir o apoio de outros partidos, especialmente do centrão, antes de decidir qual será a próxima ação. Os membros do centrão demonstram descontentamento com algumas decisões do STF, incluindo questões envolvendo emendas parlamentares.
Neste cenário, a atividade no Congresso está reduzida, quase como um recesso informal. Motta está representando o Brasil em eventos nos Estados Unidos, enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, acompanha o presidente da República em compromissos na Rússia e na China. Assim, não há votação relevante programada para os próximos dias, o que prejudica a pressão pela resposta ao STF que a oposição deseja.
Diante desse quadro, muitos líderes partidários estão optando por não retornar a Brasília, o que pode atrasar qualquer movimentação mais imediata em relação ao caso.