
Impacto Surpreendente: Queda do Isolamento da Extrema Direita na Alemanha em Votação Histórica!
Nesta quarta-feira (29), o Parlamento Alemão aprovou uma moção que solicita o fechamento das fronteiras do país. A votação ocorreu em Berlim e teve um caráter marcante, uma vez que a proposta, inicialmente apresentada pela CDU, partido liderado por Friedrich Merz, recebeu apoio de parlamentares da extrema direita, o que gerou considerável polêmica.
Embora a moção não tenha força de lei, sua aprovação catalisou um intenso debate público sobre a gestão da imigração e a segurança no país. De um lado, há aqueles que defendem medidas imediatas para enfrentar a crise imigratória e os recentes episódios de violência associados a imigrantes sem documentos. Por outro lado, críticos temem o fortalecimento da AfD, um partido populista com ideais nacionalistas, que já mostrou inclinações problemáticas em suas narrativas.
Merz, que é o principal candidato a primeiro-ministro nas eleições de fevereiro, buscou dissociar seu movimento do apoio da AfD. Em uma votação bastante apertada, com 348 votos a favor e 345 contra, a proposta conhecida como o “Plano de 5 Pontos” foi aprovada. As diretrizes desse plano incluem a proibição de entrada de imigrantes sem documentos e um controle mais rigoroso nas fronteiras, além da detenção de solicitantes de asilo que tenham seus pedidos rejeitados.
A repercussão da votação foi significativa, com Britta Hasselmann, líder do partido Verde, afirmando que “hoje é um dia histórico, mas de maneira negativa”. Ela criticou Merz por buscar apoio fora do centro democrático. Essa situação representa um marco inédito na política alemã do pós-guerra e levanta dúvidas sobre o futuro das políticas de imigração no país.
A AfD também se manifestou a favor da moção, sugerindo que ela representa uma nova era na política do país. Por outro lado, a resposta a essa manobra foi intensa, com representantes de várias organizações, incluindo a Igreja Evangélica e a Igreja Católica, expressando preocupação com a direção que a CDU estava tomando ao contar com o apoio da extrema direita.
O primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, criticou duramente a proposta de Merz, afirmando que o direito de asilo é uma parte fundamental do sistema jurídico germânico e que a medida violaria as legislações europeias. Scholz lembrou que os incidentes de violência recentes ocorreram em estados governados pela oposição, enfatizando que o problema vai além da simples imigração, citando falhas institucionais ao lidar com indivíduos com histórico de comportamentos problemáticos.
Os incidentes mencionados incluem um ataque em um mercado de Natal em Magdeburgo, onde um refugiado atropelou diversas pessoas, resultando na morte de seis delas. Outro caso trágico ocorreu em Aschaffenburg, onde um afegão com histórico irregular de imigração gravemente feriu pessoas em um ataque. Essas situações têm alimentado os argumentos tanto para a implementação de novas medidas de controle quanto para a necessidade de reformas e melhorias no sistema de segurança e apoio social.
Merz, em resposta, defendeu seu plano, afirmando que busca uma resposta à emergência que o país enfrenta e questionando quantas mais vidas seriam necessárias para que o governo reconhecesse a atual situação como uma crise.
Enquanto isso, outras propostas relacionadas à política de imigração e segurança foram rejeitadas, incluindo uma proposta pelo FDP que pedia a demissão da ministra do Interior.
A situação atual na Alemanha destaca um momento de divisão e mobilização em torno da imigração, refletindo preocupações sobre segurança e a direção política do país. O envolvimento da extrema direita na aprovação da moção também ressalta os desafios que a democracia alemã enfrenta em tempos de crise. As próximas eleições e o debate sobre a imigração e a segurança devem continuar a ser temas centrais na política alemã.