
Jacarés Aproveitam um Dia de Sol na Pampulha: Você não vai acreditar no que aconteceu!
Um evento curioso chamou a atenção de quem frequentava o Parque Ecológico da Pampulha, em Belo Horizonte. Na última sexta-feira (18/04), um casal de jacarés foi avistado relaxando à beira da Lagoa da Pampulha. A cena, capturada por uma moradora da região, mostrava esses répteis, conhecidos por sua tranquilidade, desfrutando do sol como qualquer outro visitante do parque.
Embora a presença de jacarés possa surpreender algumas pessoas, quem conhece a história da Pampulha sabe que esses animais são comuns na área. A espécie avistada é o jacaré-de-papo-amarelo, cientificamente denominado Caiman latirostris. Apesar de seu porte menor quando comparado a outros jacarés, eles são capazes de atingir até três metros de comprimento.
Os jacarés da Pampulha desempenham um papel importante no equilíbrio ecológico do local. Eles se alimentam de peixes, aves e moluscos, como o caramujo africano, uma espécie invasora que causa danos à fauna local e se reproduz rapidamente. Assim, a presença desses répteis não é apenas curiosa, mas também benéfica ao meio ambiente.
Esses animais têm hábitos noturnos e, comumente, são vistos durante o dia apenas para tomar sol. Esse comportamento é o que possibilita que os visitantes do parque possam avistar os jacarés enquanto caminham ou pedalam ao longo da orla da lagoa.
O monitoramento dos jacarés na região teve início em 2017, e atualmente estima-se que cerca de 20 adultos e 11 filhotes vivam nas proximidades. Esse acompanhamento é realizado de maneira visual, uma vez que a instalação de rastreadores requer permissão das autoridades ambientais.
A recente avistagem também remete à memória de Juscelino, o jacaré mais famoso da Pampulha, que se tornou um ícone local e ganhou notoriedade em 2014. Desde então, a presença desses répteis se tornou uma parte do cotidiano da região.
A origem dos jacarés na Pampulha é envolta em mistério. Algumas lendas urbanas sugerem que foram trazidos por moradores ou que escaparam do zoológico durante enchentes. Contudo, muitos biólogos acreditam que esses animais já habitavam a região antes mesmo da construção da lagoa, que se deu nas décadas de 1930 e 1940.
Enquanto a discussão sobre a origem dos jacarés persiste, a presença do casal avistado recentemente reafirma a conexão desses animais com a comunidade e o ambiente da Pampulha. Assim, eles continuam a ser parte do cotidiano e da cultura local, vivendo à beira da lagoa de forma tranquila e acompanhada.