
A recente Assembleia Geral Eleitoral elegeu Samir Xaud como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), trazendo promessas de reformulação para o futebol nacional. Dentre as principais propostas, destacam-se a redução do número de datas dos campeonatos estaduais e a intenção de oferecer maior apoio ao técnico Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira.
Entre os dirigentes presentes, apenas alguns manifestaram apoio público a Xaud, destacando-se Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que defendeu o novo presidente em uma comparação ousada com Margaret Thatcher, e enfatizou a importância da diversidade na liderança do futebol brasileiro.
Durante a votação, que resultou em 103 pontos para Xaud, algumas ausências notáveis foram registradas. Clubes como Santos e Cruzeiro, que haviam aderido a um manifesto de boicote à eleição, enviaram representantes, mas é incerto se votaram a favor do candidato. A falta de votação plena poderia ter afetado o resultado, já que, se todos os votos estivessem sido contabilizados, Xaud teria recebido 108 pontos.
Leila Pereira, em entrevista, criticou as acusações de preconceito que Xaud enfrentou, ressaltando que o dirigente é de Roraima, um estado sem representação nas principais divisões do futebol. Ela se comparou às críticas que enfrentou ao assumir a presidência do Palmeiras, destacando conquistas significativas sob sua liderança.
Além disso, Xaud prometeu alterações significativas no calendário do futebol brasileiro, sendo a principal mudança a limitação dos campeonatos estaduais a um máximo de 11 datas a partir do próximo ano. Essa redução poderá impactar a Federação Paulista de Futebol, que atualmente organiza o Paulistão em 16 datas.
O presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, não conseguiu apoio suficiente para se candidatar à presidência da CBF. Ele foi a única liderança federativa a não enviar representante à assembleia, demonstrando a resistência de algumas entidades em relação às mudanças propostas.
Com sua nova liderança, a CBF busca modernizar e reestruturar o cenário do futebol brasileiro, visando não apenas mais eficiência nas competições, mas também uma gestão mais inclusiva e diversificada. O sucesso de Samir Xaud em sua gestão poderá ser medido pela capacidade de implementar essas reformas, refletindo a vontade de evolução no esporte.