
Na última sexta-feira, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou que não está interessada em participar de uma audiência de conciliação com Dudu, atacante do Cruzeiro e ex-jogador do Verdão. Essa declaração surgiu em decorrência de um processo criminal que Leila moveu contra Dudu em janeiro deste ano.
De acordo com informações, o processo está tramitando na 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte e envolve um post controverso que Dudu fez em seu Instagram, considerado por Leila como um ato de machismo. Essa postagem originou não apenas a ação criminal, mas também um processo cível por danos morais em São Paulo.
Os advogados de Leila argumentam que, se ela não fosse mulher, Dudu teria se comportado de maneira mais cautelosa em suas declarações. Eles também mencionaram uma entrevista recente em que Dudu comentou as críticas feitas por Pedro Lourenço, dono da SAF do Cruzeiro, que lamentou as contratações feitas pelo clube. Dudu respondeu afirmando que como Lourenço é o proprietário, ele tem liberdade para falar o que quiser.
A defesa de Leila afirma que a diferença de tratamento entre suas ofensas e as críticas direcionadas a Dudu é uma questão de machismo, destacando que ofender uma mulher no futebol parece ser mais fácil do que ofender um homem.
Leila e seus advogados deixaram claro que não desejam participar da audiência de conciliação e que pretendem levar o processo até o fim. Segundo eles, as ofensas feitas por Dudu causaram um sofrimento moral significativo a Leila, que pede uma compensação de R$ 500 mil por danos morais, além de 20% em honorários. Em caso de descumprimento da decisão, o jogador pode ser multado em R$ 10 mil por dia.
No caso de vitória na ação, todo o valor obtido deverá ser doado a uma entidade que apoia mulheres em situação de vulnerabilidade.