
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ações imediatas das entidades de futebol e a punição dos responsáveis pelo racismo enfrentado pelo jogador Luighi, do Palmeiras, durante uma partida da Libertadores Sub-20 em Assunção, Paraguai. O atleta foi alvo de xingamentos e gestos racistas por parte de torcedores do Cerro Porteño enquanto celebrava um gol, em um jogo que terminou com a vitória do Palmeiras por 3 a 0.
Em suas redes sociais, Lula expressou total apoio a Luighi e condenou o racismo, afirmando que esse tipo de violência é uma ofensa à dignidade da juventude e não pode ser mais tolerada no futebol. O presidente ressaltou a importância do esporte como um símbolo de trabalho em equipe e respeito, e pediu que a FIFA, a Conmebol e a CBF tomem medidas eficazes contra essa prática.
Luighi, emocionado após o incidente, questionou em entrevista a impunidade em casos como o seu e mencionou que a Conmebol, enquanto organizadora da competição, também deve se manifestar. Ele descreveu a experiência como dolorosa e enfatizou que o racismo é um crime que deixa cicatrizes profundas. “Até quando teremos que conviver com essa realidade?”, indagou, reforçando a necessidade de uma luta contínua contra o preconceito.
Em resposta ao incidente, a Conmebol e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) manifestaram repúdio a qualquer forma de discriminação, afirmando que tomarão medidas disciplinares apropriadas após consultar especialistas no assunto. A CBF informou que já enviou uma denúncia à Conmebol solicitando a punição dos torcedores envolvidos e a possível exclusão do Cerro Porteño da competição.
Esse caso de racismo no futebol traz à tona a urgência de enfrentarmos esse problema, ressaltando que ainda há um longo caminho a percorrer na busca por um ambiente esportivo mais inclusivo e respeitoso. A condenação a atos racistas deve ser acompanhada de ações concretas para garantir que todos os atletas possam competir sem medo de discriminação.